postado em 24/05/2019 04:28
No jogo de despedida da Liga das Nações de Brasília, a torcida compareceu em peso ao Ginásio Nilson Nelson e roubou a cena diante de um jogo tranquilo para a Seleção Brasileira. Após a derrota na noite anterior para a Republicana Dominicana, por 3 sets a 1, o Brasil ajustou saque e bloqueio contra a Rússia e se deixou embalar pela festa feita por 9.265 pessoas nas arquibancadas ; os ingressos à venda esgotaram. Ontem, a jovem equipe russa foi atropelada por 3 sets a 0, com parciais de 25/15, 25/17 e 25/13.
Antes mesmo de a partida começar, o Hino Nacional foi terminado à capela em volume de arrepiar. A camisa amarelinha adquiriu peso diferente naquele momento para muitas novatas de Seleção, especialmente tendo em vista que o treinador José Roberto Guimarães aproveita o início da Liga das Nações para dar oportunidade a muitas jogadoras. Organizado desde o começo, o Brasil entrou em quadra mais agressivo no saque, o que surtiu efeito no bloqueio. No primeiro set, as brasileiras somaram cinco pontos nesse fundamento defensivo.
O Brasil começou exatamente com as mesmas titulares dos dois primeiros jogos. A levantadora Macris, as centrais Bia e Mara, as ponteiras Gabi e Amanda, a oposta Paula Borgo e a líbero Leia. O grupo não deu a menor chance para as adversárias e rapidamente venceu o set por 25 x 15.
As visitantes voltaram melhores para a parcial seguinte, travando um duelo mais equilibrado até metade do set, quando o placar marcava 16 x 14 para as brasileiras. Novamente, o bloqueio ganhou destaque, fechando a porta para as investidas russas e ampliando a vantagem até construir outro placar elástico: 25 x 17.
Defesa eficaz
Diante de um sistema defensivo eficaz, a Rússia passou a falhar muito. Ao total, deu 23 pontos de erros ao Brasil. Na melhor apresentação brasileira, justamente no dia em que contou com o ginásio mais cheio, a ponteira Gabi Guimarães não precisou ser tão acionada. A capitã brasileira foi a maior pontuadora contra China e República Dominicana, com 20 e 29 pontos, respectivamente. Diante da Rússia, a oposta Paula Borgo foi a mais produtiva, com 17 acertos, enquanto Gabi totalizou nove pontos. Resultado de uma melhor distribuição de jogo.
Zé Roberto havia mexido pouco na equipe até o terceiro set. Fez as tradicionais inversões entre oposta e levantadora, para aumentar a altura das jogadoras na rede, e não colocou a jovem Júlia, que entrou nas duas primeiras partidas na capital federal. A equipe brasileira manteve o ritmo intenso e o jogo virou passeio. Os quase 10 mil presentes perceberam que a festa, apesar de alegre, seria rápida. Então, trataram de puxar ola, acender os celulares em uma coreografia comandada pelo locutor do ginásio e gritar para as atletas preferidas.
As substitutas Tainara, Roberta e Natinha ganharam espaço no fim do jogo, quando o Brasil tinha vantagem ainda maior do que nas parciais anteriores. Sem dificuldade, a Seleção Brasileira se despediu de Brasília com vitória, após ganhar o último set por 25 x 13.