postado em 24/05/2019 04:28
A falta de patrocínio é outra dificuldade que o CID Setor Leste enfrenta. Mesmo com um histórico favorável de conquistas e revelações, os atletas precisam bancar as próprias viagens, o que para muitos é impossível. ;Cada família patrocina os filhos. Somos um projeto da rede pública, a maioria das crianças é muito carente. Quando recebemos o calendário da federação no início do ano, passamos aos pais para que eles comecem a se organizar;, destaca a professora Tatiana Freire. Para o campeonato de junho, no Rio de Janeiro, com passagem, hospedagem, inscrição e uniforme, cada atleta precisou desembolsar R$ 2 mil.
Desde 2003 como professora no CID Setor Leste, Tatiana Freire conta que nunca houve patrocínio. A Secretaria de Esporte do DF oferece o programa Compete Brasília, mas para um nível mais profissional. A equipe masculina de ginástica do projeto participa do Campeonato Brasileiro da modalidade e em algumas oportunidades conseguiu passagens por intermédio do programa do governo, mas não é algo certo. ;No ano passado, o pré-infantil e o juvenil viajariam em dezembro. Não compramos as passagens, pois garantiram que iria sair. Chegando perto da viagem, falaram que não tinham como liberar e compramos bem mais caro;, relata.
Em junho, a equipe de treinamento do CID Setor Leste irá para o Rio de Janeiro participar do Campeonato Nacional. O projeto levará 46 atletas, sendo 32 da equipe feminina e 14, da masculina. Todos os gastos foram pagos com recursos próprios. Professores e alunos gostariam de contar com patrocínios para facilitar o trabalho e oferecer a oportunidade de mais atletas participarem de eventos fora da cidade. ;Mesmo não estando com as melhores condições, ainda somos referência em ginástica artística no DF. Conseguimos levar os meninos para competir em nível nacional. Alguns até em competições internacionais;, diz Tatiana. (EF)
*Estagiária sob a supervisão de Fernando Brito