postado em 10/06/2019 04:05
Na última partida antes da estreia na Copa América, a Seleção Brasileira conquistou a maior goleada na era Tite. Diante de Honduras, rival frágil e que teve um jogador expulso no primeiro tempo, o time marcou forte, atuou coletivamente e mostrou variação de jogadas ofensivas para construir a goleada de 7 x 0 com facilidade. O time ainda acertou duas bolas na trave com Philippe Coutinho. Na sexta-feira, o Brasil estreia no torneio sul-americano diante da Bolívia, às 21h30, no estádio do Morumbi.
Com a goleada, a Seleção vira uma página conturbada. Neymar perdeu a braçadeira de capitão após agredir um torcedor na França. Em maio, foi acusado de estupro, o que deixou o ambiente carregado na Granja Comary. O atacante foi cortado por ruptura do ligamento do tornozelo direito.
Sem Neymar, o Brasil foi obrigado a dividir a responsabilidade na armação dos ataques. A fragilidade do rival facilitou a movimentação dos atacantes, e o jogo ofensivo fluiu com domínio avassalador: o índice de posse de bola da Seleção era de 80% na metade do primeiro tempo. A equipe procurou sufocar o adversário, com marcação na saída de bola, e diversificar os ataques pelos lados do campo.
Para o meia Philippe Coutinho, a Seleção achou um caminho para a Copa América. ;A gente tem uma proposta de jogo: atacar e, sem a bola, pressionar em cima para roubar o quanto antes. Do início até o fim, até quando o placar estava um pouco mais distanciado, o time procurou isso;, disse o jogador do Barcelona.
O meio-campista discordou ao ser questionado se a Seleção Brasileira adotou um jogo mais coletivo com a ausência de Neymar, cortado por lesão após o jogo com o Catar. ;A Seleção sempre teve um jogo coletivo. Neymar é um líder e faz muita falta;, afirmou Coutinho.