A Seleção Brasileira quer vitória, festa e classificação em Salvador hoje. A partir das 21h30, a equipe do técnico Tite enfrenta a Venezuela, pela segunda rodada do Grupo A da Copa América, em busca de uma noite vencedora no futebol e na relação com o público. Depois de criticar a falta de apoio no Morumbi, em São Paulo, a meta é ganhar não só a partida como também a própria torcida baiana.
O Brasil bateu a Bolívia por 3 x 0 no Morumbi, na sexta-feira, em um ambiente frio. As vaias ao fim do primeiro tempo conviveram com momentos de silêncio e de pouca participação da torcida. O capitão e lateral-direito Daniel Alves disse ter estranhado em alguns instantes a postura do público e conta com maior apoio dos conterrâneos ; ele é baiano de Juazeiro.
;Na Bahia, o axé é diferente. As pessoas sentem falta da Seleção Brasileira, dessa energia que a Seleção leva por onde passa. Certeza de que será mais animado. Se o Tite gritasse em alguns momentos, seria possível escutar no campo;, disse o jogador. As duas visitas da equipe na renovada Fonte Nova tiveram vitórias convincentes: 4 x 2 sobre a Itália, pela Copa das Confederações de 2013, e 3 x 0 no Peru, em 2015, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia.
A única parada da Seleção Brasileira no nordeste durante a Copa América marca o retorno da equipe à região do Brasil mais procurada em momentos de crise. Após a Copa de 2014, por exemplo, a CBF e o então técnico Dunga quiseram realizar os jogos iniciais das Eliminatórias em cidades como Fortaleza, Salvador e Recife, onde entendiam ser locais de recepção mais calorosa e de público menos crítico do que no sudeste e no sul do país.
O técnico Tite disse confiar no apoio do público. ;Nós estamos preparados para isso não acontecer. A Bahia tem uma história bonita sobre apoio. Mas, às vezes, a torcida daqui pode ficar brava também;, comentou.
Os dias iniciais em Salvador mostraram a tentativa de torcedores se aproximarem do hotel da equipe e do Estádio do Barradão, local dos treinos fechados. Mas o forte esquema de segurança e o isolamento do elenco não permitiram muitas manifestações calorosas.
Confortável
Apesar disso, a equipe vive situação confortável no grupo e pode selar a classificação para as quartas de final em caso de vitória sobre a Venezuela. O amplo favoritismo do Brasil aumenta com a confirmação de um reforço. O meia Arthur perdeu a estreia por estar com dores no joelho direito, mas agora está recuperado e será a única novidade na escalação.
O jogador entra no lugar de Fernandinho. O objetivo de Tite é dar ao time mais dinâmica e velocidade na saída para o ataque, atributos necessários para superar a marcação da Venezuela. Os dois zagueiros da equipe adversária, Villanueva e Chancellor, são altos e têm, respectivamente, 1,90m e 1,98m, porém são lentos na marcação e no posicionamento.
Tite disse ter cobrado do time uma atuação melhor em comparação à exibida na estreia, principalmente no primeiro tempo, quando a torcida no Morumbi vaiou. ;Precisamos fazer dos 20 aos 45 minutos do primeiro tempo um jogo melhor. Foi um período sem ser nossa verdadeira equipe, em propor o jogo, sem finalizar. Estivemos abaixo da condição normal;, disse.
Peru e Bolívia no Maracanã
Após passarem em branco na rodada de abertura, as seleções de Peru e Bolívia jogam às 18h30 desta
terça-feira, no Maracanã, buscando os primeiros gols e, mais do que isso, uma vitória para se manterem vivos na Copa América. Lanternas do Grupo A, os bolivianos correm o risco de serem eliminados na segunda rodada em caso de derrota. Os peruanos precisam dos três pontos para não correrem o risco de enfrentar o Brasil na última rodada necessitando de um triunfo.