postado em 19/06/2019 04:18
São Paulo ; Se os colonizadores da América entrassem hoje, às 18h30, no Morumbi, ficariam orgulhosos de testemunhar um inédito duelo entre treinadores ibéricos no torneio continental de seleções mais antigo do mundo. Dono da prancheta da Colômbia, o português Carlos Queiroz terá pela frente o Catar, do espanhol Félix Sanchez Bas, na segunda rodada do Grupo B.
Convidado pela Conmebol para o torneio, o Catar teve a presença criticada pelo técnico argentino do Paraguai Eduardo Berizzo no último domingo, mas foi blindado por Carlos Queiroz em São Paulo. O lusitano detonou a prepotência sul-americana ao menosprezar o potencial dos intrusos da festa. Com a experiência de quem foi auxiliar de Alex Ferguson no Manchester United; técnico do Real Madrid; comandante de Portugal na Copa da África do Sul em 2010; e, recentemente, do Irã, usou a bagagem cultural para defender o adversário de hoje.
;Futebol no PlayStation é mais fácil. Dentro do campo, é bem complicado. Na América do Sul, não sabem muito o que acontece na Ásia. Nós nos enxergamos muito grandes, superiores, mas fora do nosso continente também existe futebol. O Catar está aqui para mostrar isso. Vejam o que aconteceu com o Paraguai. O jogo parecia definido (vencia por 2 x 0), mas o Catar empatou a partida no Maracanã. Aprendemos bem a lição. Nada é de graça;, avisa.
Mentor da conquista inédita e invicta do Catar na Copa da Ásia, com apenas um gol sofrido em sete jogos, o técnico catalão Félix Sanchez Bas chega ao duelo contra a Colômbia com apenas duas derrotas nos últimos 10 jogos. Perdeu para a Argélia, antes da Copa da Ásia, e o amistoso contra o Brasil. Além do conjunto, um dos trunfos do time é a miscigenação. Oito dos 23 convocados não nasceram no Catar.
O treinador espanhol pregou respeito aos adversários. ;A Colômbia mostrou um jogo completo em todos os níveis contra a Argentina. Sabemos do potencial deles. Vamos tentar competir contra um dos favoritos;, disse Sanchez.