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Luta, emoção e um jogo memorável

Seleção Brasileira mostra garra, busca empate contra a França, cria boas oportunidades, mas sofre gol no segundo tempo da prorrogação e se despede da busca pelo inédito título nas oitavas de final

postado em 24/06/2019 04:18
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Le Havre (França) ; Após chegar desacreditada à Copa do Mundo Feminina, a Seleção Brasileira fez em campo o que prometeu antes do torneio: deu o sangue e lutou com raça até o fim. Diante de quase 24 mil pessoas, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final pela anfitriã França na prorrogação, por 2 x 1, ontem, no Stade Oceáne. Assim, a equipe comandada por Vadão repete a campanha da última edição da competição.

Em um duelo dramático e com muitas participações do VAR, Valérie Gavin abriu o placar para a França no começo do segundo tempo. O Brasil não se abateu e buscou o empate com Thaísa, 11 minutos depois. O condicionamento físico das veteranas brasileiras pesou em uma partida que foi levada para a prorrogação. A Seleção terminou o jogo sem Cristiane e Formiga, na última participação delas em Mundiais, e foi penalizada no tempo extra, com gol de Amandine Henry.

;A avaliação é positiva, devido a tudo o que falavam antes. Lógico que sempre queremos chegar à final, mas o jogo é jogado. Lutamos até o final, não faltou garra, não faltou vontade, mas elas foram melhores nas finalizações e nas chances que criaram;, resumiu a atacante Marta.

Desde o começo da Copa do Mundo, os franceses lotaram os estádios para assistir à seleção do país tentar buscar o primeiro título mundial. Após três vitórias, a França chegou embalada para pegar o Brasil nas oitavas de final. Novamente, o público lotou o Stade Oceáne e não parou de cantar, a começar pelo hino à capela e pela coreografia ensaiada batendo palmas.

O primeiro tempo se mostrou aberto, com oportunidades para os dois lados. O VAR entrou em cena para anular um gol francês aos 26 minutos. No fim da parcial, Cristiane criou a melhor oportunidade do Brasil, após jogada de Debinha. A artilheira brasileira avançou pela esquerda, mas finalizou por cima.

Acréscimos

Nos acréscimos, foi a vez de a França assustar. Buscaglia avançou bem e, com a marcação toda concentrada na direita, achou a camisa 10 Majri chegar livre dentro da área para desperdiçar. Após o lance de maior perigo da França, Marta tentou pegar a goleira adiantada. Mesmo que a finalização não tenha saído como ela imaginou, a melhor do mundo arrancou aplausos das arquibancadas tomadas por franceses.

Debinha foi o desafogo brasileiro para avançar com velocidade. Com a volta de Formiga, Vadão manteve Ludmila no time titular para a saída da Andressinha. Segundo o técnico Vadão, a atacante segura mais a marcação, liberando Marta para o ataque. A mudança, porém, gerou muitas críticas.

Ludmila foi substituída por Bia Zaneratto aos 25 minutos do segundo tempo. Àquela altura, a partida estava completamente diferente do que acabou na primeira parcial.

FRANÇA 2
Bouhaddi; Torrent (Perisset), Renard n, Mbock e Majri (Karchaoui); Henry l, Asseyi (Thiney) e Bussaglia; Le Sommer, Diani e Gauvin l (Cascarino)
Técnico: Corinne Diacre

BRASIL 1
Bárbara; Letícia Santos (Poliana), Mônica, Kathellen, e Tamires n; Formiga n (Andressinha), Thaisa l e Marta; Ludmila (Bia Zaneratto n), Debinha; Marta e Cristiane (Geyse)
Técnico: Vadão

Renda: não divulgada Público: 23.965 pessoas Árbitra: Marie-Soleil Beaudoin (CAN)


Oitavas de final

Sábado
Alemanha 3 x 0 Nigéria
Noruega 1 (4) x 1 (1) Austrália

Ontem
Inglaterra 3 x 0 Camarões
França 2 x 1 Brasil

Hoje
13h Espanha x Estados Unidos
16h Suécia x Canadá

Amanhã
13h Itália x China
16h Holanda x Japão

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