Superesportes

O trabalho na base

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 25/06/2019 04:16


Após a eliminação brasileira, Marta destacou o entrosamento do algoz do Brasil. ;Um trabalho não faz tanto efeito em meses. Se a França está no momento dela como equipe é porque essas meninas jogam junto há ;300 anos;. Inclusive, é a base do Lyon. É um trabalho contínuo. Não dá para querer fazer o trabalho a curto prazo;, desabafou a capitã.

Sete das jogadoras titulares que venceram o Brasil nas oitavas de final jogam juntas no Lyon, que neste ano conquistou a Liga dos Campeões da Europa pela sexta vez em 15 anos de história da equipe feminina. Das 23 convocadas da seleção francesa, apenas duas não atuam no próprio país. Quase a mesma situação da Itália, que tem uma única atleta jogando no exterior. Já a Seleção Brasileira conta com apenas cinco representantes em clubes nacionais.

Das 18 que atuam em outros oito países, Formiga, Kathellen e Daiane jogam na França e Thaísa, na Itália. Na terceira vez em que disputa um Mundial, a Itália passou em primeiro do Grupo C. Com uma participação a mais no torneio, a França soma menos Copas do Mundo do que a Marta, que se despediu da quinta edição dela como maior artilheira da história do evento, com 17 gols. Mas foram as francesas quem despacharam o Brasil.

Autora do gol de empate do Brasil contra a França, Thaísa almeja que os clubes brasileiros abracem o futebol feminino de verdade. E isso envolve estrutura para equipe adulta e de base, condições de trabalho e uma comissão técnica especializada. ;Nos outros países, o esporte é feito por pessoas que realmente estudam a modalidade. Para que a nova geração venha forte no Brasil, é preciso fazer o mesmo. Não é só a França. A Itália também, e é maravilhoso jogar lá;, avalia a jogadora do Milan, que fundou a versão feminina apenas no ano passado.



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