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Nos pênaltis, Chile elimina a Colômbia

postado em 29/06/2019 04:16
Alexis Sánchez (sem camisa) marcou a penalidade decisiva para a classificação chilena


São Paulo ;
Sim, o velhinho futebol sobrevive na América do Sul. Principalmente, quando duas seleções estão dispostas a praticá-lo com o mínimo de excelência. Não, não estamos falando do pentacampeão mundial Brasil e dos bicampeões Argentina e Uruguai. Colômbia e Chile fizeram ontem, na Arena Corinthians, o melhor jogo das quartas de final desta pálida Copa América. Houve apenas um pecado. A condenação da partida ao 0 x 0 e à decisão por pênaltis. Bicampeão ao triunfar na marca da cal contra a Argentina nas finais de 2015 e 2016, o Chile desbancou mais um rival nas penalidades máximas (5 x 4) e avança à semifinal rumo ao tri. Campeão em 2001 sem sofrer gol, a Colômbia amarga a eliminação em 2019 sem ser vazada.

A torcida pulsou como se assistíssemos a uma partida de Libertadores. Intensa, de ânimos à flor da pele, vibrante ; como convoca o slogan escolhido para esta edição do torneio continental. Com sistemas táticos espelhados, os treinadores Carlos Queiroz e Reinaldo Rueda não foram medrosos, quiseram vencer no tempo normal. Soltaram seus talentos e propuseram um duelo ofensivo. Sem a covardia, por exemplo, do retrancado Paraguai contra o Brasil.

Os fanáticos torcedores do Chile aumentaram o volume ao comemorar o gol ;fake; de Aránguiz no primeiro tempo. O árbitro argentino Néstor Pitana até mandou colocar a bola no centro do campo para reiniciar o jogo. No entanto, foi avisado de que Alexis Sánchez estava impedido. Os fãs da Colômbia curtiram. Gritaram como se cada um tivesse um megafone na boca. A cena se repetiu no segundo tempo. Vidal mandou para a rede após um toque no braço de Maripán. O VAR acusou a irregularidade. Outra vez, alívio de quem vestia amarelo.

Barraco

O pau ameaçou cantar em um desentendimento entre o zagueiro Mina e o atacante Alexis Sánchez, mas Pitana usou a elegância de quem mediou a decisão da Copa da Rússia para colocar ordem no barraco. No melhor lance do primeiro tempo, o goleiro Ospina agiu para impedir o gol de cabeça de Aránguiz. O pai do camisa 1 da Colômbia está doente. Ele até deixou a concentração para visitá-lo, em Medellín, no início da semana, e retornou ao elenco.

O talento ameaçou decidir a partida na etapa final. James Rodríguez iludiu os colombianos ao acertar a rede pelo lado de fora numa cobrança de falta. Alexis Sánchez deu o troco numa entrada em velocidade na área adversária, porém, finalizou mal. Vargas arriscou chute de fora da área e quase contou com o quique da bola para ludibriar o atento Ospina. Em outra tentativa, o centroavante tentou encobrir Ospina, mas o goleiro estava ligado.

O maior pecado do jogão na Arena Corinthians foi ser condenado à decisão por pênaltis. Merecia um vencedor no tempo normal. Fábrica de heróis e vilões, a marca da cal apontou o lateral-esquerdo Tesillo como culpado pela derrota da Colômbia por 5 x 4. Chutou para fora os 100% de aproveitamento na fase de grupos. Alexis Sánchez converteu a última.




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