postado em 02/07/2019 04:22
Lyon (França) ; Das nove sedes que recebem a Copa do Mundo da França, apenas Lyon ainda vivia a ansiedade de estrear na competição. A parte antiga da cidade tem bares enfeitados com bandeirinhas e as praças com obras em andamento ganharam tapumes com a temática do evento. A espera, porém, será recompensada a partir de hoje com dois jogos das semifinais e a decisão, no domingo. Às 16h, Inglaterra e Estados Unidos fazem o batismo do Parc Olympique Lyonnais, casa de um dos clubes mais vitoriosos do futebol feminino, com seis títulos na Liga dos Campeões da Europa.
Localizado na região metropolitana de Lyon, o estádio tem apenas três anos, é o mais moderno e com a maior capacidade do Mundial, podendo receber 57.900 mil espectadores. As maiores conhecedoras da arena, no entanto, não tiveram a oportunidade de pisar no gramado nesta Copa do Mundo. A seleção da França, que tinha a base formada por sete jogadoras do Lyon, foi eliminada pelos Estados Unidos. Absolutamente todo o elenco norte-americano, por sinal, atua no próprio país.
Do lado inglês, cinco atletas jogam fora da Inglaterra. Uma delas, inclusive, se sentirá em casa na partida de hoje. A inglesa Lucy Bronze, 27 anos, defende o Lyon desde 2017. Contra a Noruega, ela marcou um golaço na vitória da seleção da terra da Rainha, por 3 x 0, pelas quartas de final. Esse foi o primeiro gol da camisa 2 na Copa do Mundo, além de duas assistências. ;Ela é uma jogadora muito dinâmica, adora ir ao ataque, tem bom tempo de bola, é forte física e tecnicamente, muito experiente;, avaliou Jill Ellis, técnica dos Estados Unidos, ontem, na coletiva de imprensa.
Enquanto Lucy conhece bem o terreno do duelo contra as norte-americanas, outras duas companheiras de time convivem de perto com o adversário das semifinais. A atacante Jodie Taylor é atleta do clube norte-americano Seattle Reign, onde também joga Megan Rapinoe, uma das artilheiras dos Estados Unidos, além de Allie Long. Outra inglesa que disputa a liga dos EUA é a defensora Rachel Day, pelo Houston Dash.
O confronto promete muitos gols. Estados Unidos e Inglaterra contam com as três maiores artilheiras desta edição do torneio, todas com cinco gols até o momento. As norte-americanas levam vantagem por terem duas na lista: Rapinoe e Alex Morgan, que também dividem a braçadeira de capitã da seleção.
;Elas são boas jogadoras ; a Rapinoe, principalmente pelo que fez até agora na Copa ;, nós as respeitamos, mas acredito no meu time. Temos jogadoras que gostam de grandes duelos e não se pode ter um momento mais importante do que uma semifinal contra o atual campeão;, pondera a inglesa Steph Houghton. Do outro lado, Ellen White é a maior esperança inglesa de furar a defesa adversária. Provavelmente, a chuteira de ouro ficará entre uma das três, pois as demais goleadoras que estavam nesta disputa particular ficaram pelo caminho na competição.
;Elas são boas jogadoras, nós as respeitamos, mas acredito no meu time. Temos jogadoras que gostam de grandes duelos e não se pode ter um momento mais importante do que uma semifinal contra o atual campeão;
Steph Houghton, zagueira da Inglaterra