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Argentina exibe revolta após derrota

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 04/07/2019 04:19
A Associação de Futebol Argentina protestou contra a presença do presidente Bolsonaro no Mineirão:


São Paulo ; Em pé de guerra com o Comitê Organizador da Copa América, a Conmebol e a CBF, a Argentina desembarcará na capital paulista para um jogo inusitado no sábado, às 16h, na Arena Corinthians. Eliminados pelos anfitriões na quarta-feira após a contestada derrota por 2 x 0 no Mineirão, Lionel Messi e companhia amargarão a decisão do terceiro lugar pela primeira vez no atual sistema da competição.

O formato entrou em vigor no ano em que a seleção da Argentina conquistou o último título: 1993. De lá para cá, são 11 edições. A equipe alviceleste jamais disputou o terceiro lugar. Era oito ou oitenta. Marcava presença na decisão ou nas quartas de final. Exceto em 2001, quando boicotou a competição alegando falta de segurança na Colômbia.

A questão é se Messi participará do jogo. Em ritmo de férias, o jogador eleito cinco vezes o melhor do mundo entrou em campo 57 vezes na temporada 2018/2019 e marcou 54 gols. Um desafio para o camisa 10 é arrematar a artilharia do torneio pela primeira vez. Messi tem apenas um gol nesta edição, no empate por 1 x 1 com o Paraguai. Muito aquém do melhor desempenho dele no torneio. O camisa 10 fez cinco gols na edição centenária de 2016, nos Estados Unidos.

Nos bastidores, Messi deu início a uma série de protestos contra a arbitragem do clássico de terça-feira entre Brasil e Argentina. Indignado com a não utilização do Árbitro de Vídeo (VAR) em pelo menos dois lances cruciais, o atacante disparou: ;Espero que a Conmebol faça algo, porque o Brasil controla tudo;, disse, referindo-se, principalmente, ao juiz equatoriano Roddy Zambrano.

A Associação de Futebol Argentina (AFA) reforçou o protesto ao enviar documento de seis páginas à Conmebol questionando a arbitragem. A entidade se diz prejudicada e cita até o presidente da República. ;A imprudência na designação do árbitro gerou um inevitável ambiente prévio ao encontro, agravado pela presença de Jair Bolsonaro no Mineirão. Foram evidentes suas manifestações políticas durante o jogo. Não podemos deixar de mencionar que no intervalo ele deu uma verdadeira volta olímpica pelo estádio;, ironizou a nota da AFA.

O texto critica ainda as más condições dos gramados, atraso nas chegadas das delegações aos estádios, baixa presença de público, condições de segurança e hotelaria. Anfitriã da edição do ano que vem com a Colômbia, a Argentina adverte sobre a ;necessidade de trabalhar e cumprir os objetivos institucionais, observando os princípios da ética, lealdade, jogo limpo, regras claras e transparência;.




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