Superesportes

Ex-presidente do COB como intermediário

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 05/07/2019 04:22

O ex-governador relatou ao juiz que, em agosto de 2009, dois meses antes da votação em Copenhague, foi procurado por Nuzman, que pediu um ;encontro urgente; após um evento esportivo em Roma. ;Nuzman vira pra mim e fala: o presidente da IAAF, Lamine Diack, é uma pessoa que se abre para vantagens indevidas. Ele pode garantir cinco ou seis votos;, contou o ex-governador do Rio.

Cabral disse que, na sequência, quis saber de Nuzman de onde viriam os votos e qual era a garantia de que eles seriam efetivamente recebidos. Segundo o ex-governador, Nuzman respondeu que os votos viriam de membros africanos do COI e também de representantes do atletismo. Cabral teria, então, autorizado Nuzman a dar prosseguimento à negociação.

;Eu chamei o Arthur Soares e falei para ele da necessidade de conseguir o dinheiro para os votos. Isso foi debitado do crédito que eu tinha com ele. Fui eu que paguei. Eu dei o telefone do Léo (Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio 2016) e eles acertaram com esse Papa Diack, filho de Lamine Diack;, contou o ex-governador.
Questionado se algum político sabia da compra de votos, Cabral citou o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




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