postado em 06/07/2019 04:21
Na véspera da decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo Feminina, a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) organizaram uma coletiva de imprensa de encerramento do torneio. O presidente da entidade internacional, Gianni Infantino, falou sobre o sucesso da competição e apresentou cinco propostas-chave que deseja apresentar ao Conselho da Fifa, visando ao desenvolvimento do futebol feminino no mundo.
A oitava edição do Mundial colecionou recordes em vendas de ingresso, transmissão, pessoas alcançadas e aceitação do público. ;A melhor Copa do Mundo Feminina de todos os tempos. Algo extraordinário aconteceu. É por isso que haverá um antes e depois de 2019;, disse Gianni Infantino.
O presidente da Fifa ainda defendeu a qualidade do evento e das atletas. ;Muitas pessoas ao redor do mundo se conectaram pela primeira vez para assistir a uma partida de futebol feminino e viram que é futebol. Temos atletas jogando futebol com habilidades físicas, técnicas e táticas;, afirmou.
Tirando os Estados Unidos, os demais sete times presentes nas quartas de final eram europeus: Noruega, Inglaterra, Holanda, Itália, Suécia, Alemanha e França. Diante da supremacia europeia, Infantino ressaltou a necessidade de investir na popularização da modalidade no mundo. ;Precisamos fazer mais para garantir que essa lacuna (entre a Europa e outros continentes) não se torne maior. Queremos canalizar parte deste investimento para as bases do jogo em todo o mundo. Precisamos investir muito mais onde não há futebol feminino, e não onde o jogo feminino já existe;, apontou.
Gianni Infantino ainda comemorou a utilização do VAR (árbitro de vídeo) pela primeira vez na história do mundial feminino. ;Gostaria de parabenizar Pierluigi Collina e toda a equipe dele, porque não foi fácil aceitar essa aposta. Eu acho que foi um sucesso. Estou muito feliz com isso. A boa notícia é que as coisas podem melhorar. O VAR está aqui para ficar. Aqueles que não estão totalmente convencidos ficarão no devido tempo;, destacou.
Terceiro lugar
Inglaterra e Suécia se enfrentam hoje, às 12h, no Estádio Allianz Riviera, em Nice, na França, na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo Feminina de futebol. As inglesas, que conseguiram montar uma das melhores seleções da história, foram eliminadas nas semifinais pelos Estados Unidos, grande favorito ao título, com uma derrota por 2 x 1.
Antes disso, a campanha era muito consistente. Na fase de grupos, a Inglaterra garantiu o primeiro lugar do Grupo D com nove pontos. Nas oitavas, bateu Camarões por 3 x 0. Placar que se repetiu nas quartas, contra a Noruega.
As suecas tiveram campanha um pouco mais dura. Na primeira fase, classificou-se em segundo lugar com seis pontos, no Grupo F, que contava com o poderoso time dos Estados Unidos. Nas oitavas, vitória sobre o Canadá por 1 x 0. Nas quartas, 2 x 1 sobre a Alemanha. Na semifinal, entretanto, as suecas perderam para a Holanda, campeã europeia, por 1 x 0.
Caso a partida termine empatada no tempo regulamentar, ocorrerá uma prorrogação de 30 minutos. Persistindo a igualdade no tempo extra, o vencedor será conhecido nas cobranças de pênaltis.
* Estagiária sob a supervisão de Fernando Brito
Planos de investimento
O presidente da Fifa apresentou cinco propostas com o intuito de fortalecer a modalidade.
1- Lançamento de um Mundial de Clubes para mulheres
2- Criação de uma Liga Mundial Feminina: proposta apresentada em 2017, com torneios em todo o mundo
3- Expansão da Copa do Mundo Feminina de 24 para 32 times, potencialmente a partir da edição de 2023
4- Dobrar o prêmio em dinheiro para a próxima Copa do Mundo Feminina
5- Dobrar o investimento comprometido com o futebol feminino no próximo ciclo de quatro anos, de US$ 500 milhões para US$ 1 bilhão.