Superesportes

Adrenalina em dose acadêmica

Professora universitária, dona do título de campeã brasileira, marca a estreia do BMX no programa de competições

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/07/2019 04:06
Derlayne Roque ocupa a 40ª posição do ranking mundial: rotina exaustiva de estudos e treinos





A atual campeã brasileira de BMX estilo livre, Derlayne Roque estreia nos Jogos Pan-Americanos, bem como a modalidade ; a competição será oficialmente aberta hoje, em Lima, no Peru. Aos 30 anos, a única representante do Brasil chega bem preparada. Na 40; posição no ranking mundial, ela competiu na Copa do Mundo da França, mas não avançou para a fase mata-mata. ;Fico muito feliz de ser a brasileira a representar o país no BMX freestyle. Quero vivenciar esse momento e ajudar a divulgar mais o esporte no Brasil;, comenta.

A atleta tenta conciliar a vida nos parks de Brasília com a rotina de professora universitária e doutoranda em geociências aplicadas. Ela ministra aulas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Formosa, a 80km da UnB, onde faz a especialização. Os treinamentos ocorrem nos skate parks de Águas Claras e no Riacho Fundo, no DF, e em uma pista de terra em Formosa. ;Estou com boas expectativas para o Pan. Fiz uma rotina de treino bem pesada, com muita dedicação para conciliar com o doutorado e a academia;, diz.

A modalidade conta com requisitos de acrobacias que precisam ser realizados pelos atletas. Os ciclistas têm liberdade de tentarem a manobra que desejarem, desde que cumpram o programa da prova. As notas são dadas de acordo com o nível de dificuldade de cada movimentação. Na categoria park freestyle, os circuitos são em locais fechados (skateparks ou bikeparks), onde as pistas possuem um desenho próprio, com rampas para aéreos e saltos, além de bancadas, muros e parede.

Patinação

Em uma modalidade pouco conhecida, a patinação de velocidade, Gabriel Felix e Silva será o único representante brasileiro na competição. O jovem de 21 anos iniciou no esporte por incentivo da mãe. ;Por ser uma criança muito ativa, ela procurou um esporte no qual eu pudesse gastar toda a energia. Passei por várias modalidades tradicionais, até conhecer a patinação por meio de uma reportagem na televisão e me interessei. Isso aconteceu quando eu tinha 9 anos de idade;, conta.

Nos Jogos de Lima, Gabriel competirá em três provas: 300m, 500m e 10km. A preferência do patinador são pelas disputas de curta duração. Atualmente, ele treina na Equipe Jaguar, no estacionamento do Corpo de Bombeiros, no Setor Policial, e oferece aulas para os iniciantes da modalidade no Parque da Cidade. O jovem está na Colômbia se preparando para o Pan-Americano e embarca para o Peru em 2 de agosto. As provas estão marcadas para os dias 9 e 10.

Em 2017 e 2018, foi o primeiro colocado no Campeonato Open Internacional Indoor Orlando Classic, nos Estados Unidos. Na competição classificatória para os Jogos Pan-Americanos de Lima, no México, ele obteve a nona colocação.

Saltos ornamentais

Luis Felipe Moura, 16 anos, começou a praticar esportes no Centro Olímpico do Gama e passou pelo futebol e basquete, antes de descobrir os saltos ornamentais. Na época, o atleta não conhecia a modalidade e, por incentivo da mãe, decidiu tentar a vaga em um processo seletivo. Foi aprovado e, aos 10 anos, começou a trajetória nos trampolins.

A primeira competição de Luis Felipe foi o Campeonato Brasileiro de 2011. Desde então, o brasiliense disputou três Sul-Americanos juvenis e um adulto, além de dois Pan-Americanos juvenis. No início deste mês, o atleta participou do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Kwangju, na Coreia do Sul.

Esta será a primeira vez que Luis Felipe disputará a categoria adulta do Pan-Americano. ;Eu acabei de voltar do Mundial, então, conheço a maioria dos concorrentes. É uma experiência, estou um pouco nervoso, o nível vai ser alto, não estou pensando em medalha, mas em fazer uma prova boa e ter um bom desempenho;, disse o saltador.

Outro atleta do DF nos saltos ornamentais é Kawan Pereira, 17 anos. O atleta também conheceu a modalidade no Centro Olímpico do Gama e, hoje, tem no currículo participações em dois Pan-Americanos, um Sul-Americano e um Mundial. ;Faz quatro dias que voltei da Coreia do Sul. O Pan-Americano e o Mundial valem vaga para os Jogos Olímpicos, então, vou dar a vida e o sangue para conseguir essa vaga;, contou.

*Estagiários sob a supervisão de Fernando Brito


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