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Elite brasiliense na caça às medalhas

Abertura do evento ocorre hoje, em Lima, no Peru. Atletas de Brasília figuram entre os favoritos do país para subir aos pódios das competições, que servem como preparação às Olimpíadas-2020

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/07/2019 04:07
Em 2015, Bernardo Oliveira ganhou bronze na disputa por equipes do tiro com arco



A capital do Peru, Lima, será até 11 de agosto o principal polo esportivo do continente. Com disputas de handebol e vôlei de praia iniciadas na última quarta-feira, os Jogos Pan-Americanos-2019 têm a cerimônia oficial de abertura programada para hoje, às 21h. O Brasil participa do evento com 486 atletas (250 homens e 236 mulheres). O maior objetivo do time nacional é obter vagas ou pontuação no ranking em 22 modalidades para as Olimpíadas de Tóquio-2020. Um seleto grupo de brasilienses está entre os competidores verde-amarelos, que prometem garra, técnica, lágrimas e alegria nas arenas peruanas.

Há quatro anos, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a delegação brasileira terminou na terceira posição no quadro geral de medalhas, com 141 pódios. Foram 42 ouros, 39 pratas e 60 bronzes. Os Estados Unidos ocuparam o topo da tabela, com 265 medalhas, seguidos pelo Canadá, com 217.

No evento passado, dois brasilienses voltaram com medalha. Caio Bonfim conquistou o bronze na prova dos 20km da marcha atlética, assim como Bernardo Oliveira na disputa por equipe do tiro com arco. Desde as conquistas de 2015, eles passaram por mudanças marcantes na vida pessoal. Ambos casaram. Bernardo adiantou o máximo que pôde a faculdade de engenharia mecânica neste período, enquanto Caio se tornou pai há apenas quatro meses.

;O que continua é a determinação, trabalhando bem para fazer os objetivos anuais e, claro, pensando nos Jogos Olímpicos que vêm se aproximando;, comenta Caio Bonfim, aos 28 anos. Antes da competição de 2020, porém, Caio tem muitos quilômetros para marchar, como no Campeonato Mundial de Atletismo em Doha, em setembro. ;O Pan faz parte disso tudo, é uma escadinha;, pontua. ;Vamos para brigar pelo nosso máximo, tomara que seja suficiente para um grande resultado;, completa.

Apesar da cautela, Caio conhece bem a área privilegiada do pódio. ;A medalha de bronze em Toronto foi muito especial. Uma prova dura pelo calor, contra o vice-campeão olímpico, o colombiano Arevolo, que dois anos depois foi campeão do mundo, mas não ganhou medalha naquela ocasião;, lembra. Caio saboreia o feito, mas briga mesmo para abrir mais portas a quem quiser seguir os passos dele. ;Que possamos, com bons resultados, chamar a atenção para que a garotada possa pegar uma estrutura melhor;, almeja o quarto colocado da marcha atlética nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Assim como Caio Bonfim viu a marcha atlética ganhar outro nível de reconhecimento popular após as Olimpíadas sediadas no Brasil, Bernardo Oliveira diz que o tiro com arco no país, definitivamente, mudou após evento olímpico. ;Passamos a desejar mais e a saber que é preciso fazer muito mais também para se alcançar um resultado de expressão nas Olimpíadas;, diz. ;Neste ciclo, estamos aplicando o que aprendemos nos Jogos de 2016 e seguimos aprendendo;, completa.

Há quatro anos, o time do tiro com arco chegou ao Pan-Americano com a missão de quebrar um jejum de 32 anos sem o Brasil ganhar medalha na modalidade. ;Era uma pressão grande. Agora, tendo mitigado isso como equipe, estamos focados em melhorar o resultado. Vimos em outras competições deste ano que estamos em boas condições para brigar por mais de uma medalha;, projeta Bernardo.


486 atletas

Delegação brasileira em Lima, com 250 homens e 236 mulheres




;Continua a determinação, trabalhando, pensando nos Jogos Olímpicos. Vamos para brigar pelo nosso máximo, tomara que seja suficiente para um grande resultado;

Caio Bonfim, competidor da marcha atlética



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