Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Estudos para viabilizar parcerias



Diante da formação de times que chegam com um potencial de investimento grande, pelo peso das camisas tradicionais do masculino, o Minas não descarta a possibilidade de estabelecer uma parceria no mesmo estilo. ;Muitas pessoas estão sondando a gente, estamos com algo em vista, mas com um clube de Brasília. Estamos pensando em fazer uma parceria desde que não perca a identidade do projeto;, afirmou Nayeri, sem citar nomes.

O Gama tem time feminino há sete anos sob comando do técnico Célio Lino, que refuta a possibilidade: ;A ideia do nosso time é trazer jogadoras mais experientes para o Candangão (previsto para outubro), visando conquistar a vaga no Brasileiro A2 em 2020;. A conversa do Minas foi com a diretora do Brasiliense, Luíza Estevão, conforme confirmou uma fonte do clube de Taguatinga. Aconteceram, no entanto, casos não promissores nesse sentido. A fusão do Athlético-PR com o Foz Cataratas, campeão da Copa do Brasil em 2011, resultou neste ano no rebaixamento para a segunda divisão, após terminar na 14; posição do Brasileirão A1.

As dificuldades financeiras e de estrutura para arcar com os custos de uma equipe profissional são os principais desafios do Minas/Icesp no momento. Para 2020, o objetivo é atrair instituições com histórico de incentivo ao esporte de alto rendimento no DF, como o Banco de Brasília (BRB) e a Terracap. As duas entidades foram patrocinadoras master de equipes de vôlei e de basquete da capital federal em competições nacionais.

Com o BRB, Nayeri participou de reunião em que ficou apalavrado um acordo, caso o time se mantivesse na primeira divisão. Resta apresentar formalmente o projeto e oficializá-lo. ;Tivemos um apoio de R$ 75 mil do BRB no segundo semestre do ano passado, divididos em três parcelas, pelo edital esportivo e cultural. Mas o direcionamento do nosso projeto mudou, não é mais social;, explica Nayeri. Agora, o foco é o alto rendimento. A expectativa, então, é de que os valores se multipliquem para que o time chegue a um orçamento de R$ 100 mil a R$ 120 mil por mês em 2020.

;Nossa intenção é manter a base do elenco e trazer reforços pontuais, além de remunerar toda a comissão técnica e dar uma ajuda de custo às atletas;, almeja. Atualmente, quase metade das jogadoras do futebol de campo adulto recebe bolsa integral na faculdade ou remuneração financeira ; uma ;ajuda de custo;, como Nayeri prefere chamar. Além das 25 jogadoras do elenco principal, entre 20 e 25 anos, o Minas conta com 60 meninas nas categorias de base e 20 profissionais da comissão técnica e do grupo administrativo.



R$ 120 mil

Orçamento mensal pretendido pelo Minas/Icesp para temporada 2020