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Promessa de futebol bonito

Técnico da Seleção aposta nos talentos do brasiliense Reinier e do carioca Talles Magno para conquistar o país durante a Copa

postado em 30/08/2019 04:06
Goleiro titular da Seleção nas Copas de 2010 e 2014, Julio Cesar foi o embaixador do evento no DF



Responsável por quebrar o jejum de 16 anos (sete edições) da Seleção Brasileira no Mundial Sub-17, o técnico Guilherme Della Dea falou ontem sobre a pressão de jogar o torneio em casa, a gestão das jovens promessas e o favoritismo verde-amarelo. O torneio será disputado a partir de 26 de outubro em Brasília (Bezerrão) ; palco da abertura e da final ;, Goiânia (Serrinha e Olímpico) e Vitória (Kléber Andrade). Os anfitriões estreiam no Grupo A contra o Canadá, em 26 de outubro, às 17h, no Gama. Nova Zelândia e Angola fecham a chave.

Assolado pela expectativa de jogar em casa e a pressão sobre os atletas, Guilherme Della Dea adotou postura cautelosa, afastando a obrigação de título e destacando que a competição deve ser aproveitada pelos jogadores. ;Os nossos atletas têm que usufruir. É um momento único para todos eles, de representar muito bem o nosso país, a Seleção Brasileira;, pontuou. Para o téncico da Seleção, a responsabilidade deve ser transformada em bom futebol, e desafiou: ;É isso que vocês vão ter e poderão me cobrar;.

Sobre as promessas Reinier e Talles Magno, de Flamengo e Vasco, respectivamente, o treinador não escondeu que ambos os atletas são extremamente talentosos e que pretende contar com a dupla no Mundial. No caso do vascaíno, que esteve na linha de frente do impasse entre Vasco e CBF, às vésperas do Clássico dos Milhões, Guilherme Della Dea está esperançoso com o acerto entre o clube e a entidade pela liberação do jogador para o Mundial. ;Tenho certeza de que não vai ter problema algum se nós tivermos que convocar o Talles Magno. Na reta final do Mundial, tenho certeza de que o Vasco e a CBF entrarão em um acordo e teremos esse atleta na lista final;, afirmou.

A evolução do nível técnico e tático das seleções foi discutido no workshop. De acordo com Guilherme, todos os 24 candidatos ao título têm se desenvolvido, o que dificulta a missão de apontar favoritos. ;Acredito em todas as seleções. Hoje, o futebol está cada vez mais organizado. Temos que ficar atentos a todas as seleções. Temos Canadá, Nova Zelândia e Angola, e é um grupo bastante difícil. A gente observa a evolução desses países, então eu acredito que será um grande Mundial;, concluiu.

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Goleiro reserva da Seleção na Copa 2006 e titular em 2010 e 2014, Julio Cesar foi o embaixador do evento. Ele aconselhou os jogadores a aproveitarem a oportunidade de disputar o Mundial Sub-17. ;Não é sempre que aparece a oportunidade de disputar um Mundial no seu país;. Ele classificou as seleções de base como uma experiência maravilhosa pela visibilidade que proporciona, mas alerta: ;É traiçoeiro, porque o jogador pode acabar se iludindo, deixando isso subir à cabeça;.

Julio César ainda destacou a importância do investimento na base dos clubes, que tem crescido. Para ele, isso representa a projeção do futuro dos times. ;É um crescimento mútuo. Se você investe na base, acaba colhendo frutos positivos. Acho que o trabalho está sendo bom. Só quem tem a ganhar com isso é o futebol brasileiro;, elogiou o ex-atleta.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima




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