postado em 31/08/2019 04:06
O presidente do IPC, por sinal, é o também brasileiro Andrew Parsons, que construiu carreira no Comitê Brasileiro Paralímpico. Na entidade, ele entrou como estagiário e se tornou presidente por dois mandatos, de 2001 a 2005, com Mizael como vice. ;Não quero que o Andrew saia em defesa do Brasil, não é isso. Têm vários outros atletas que merecem a mesma atenção. A questão é o processo;, esclareceu.
Para o atual vice-presidente do CPB, Ivaldo Brandão, o problema maior é experimentar o processo de classificação dentro das próprias competições. ;Se mostrassem um método provando que o André tem potencial de funcionalidade e não traz prejuízo para ele. O André se curou da deficiência que tinha?;, reforçou.
Durante os Jogos Parapan-Americanos, Andrew admitiu que os critérios carecem de evolução e que entendia as reclamações brasileiras. ;No caso específico do André, meu coração fica despedaçado. Se tem alguém que ajudou e apoiou o André Brasil a ser um S10 fui eu. Em 2006, eu estive com ele na África do Sul. Muitos sabem que ele me chamava de ;papai; no início. Agora, mudaram os testes, a forma como se avalia. Do ponto de vista pessoal, fico devastado, entristecido;, disse Andrew, na ocasião.
O presidente do IPC ainda defendeu que as mudanças têm bases científicas, com trabalhos realizados em parceria com universidades e que a gestão do IPC garante independência para que seus órgãos ajam de maneira independente. Mizael, por sua vez, questiona quais foram essas pesquisas. Um assunto que ainda promete muitos capítulos pela frente.
*A repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro