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Concorrência em nível máximo

Após conquistar seis medalhas no Parapan, o brasiliense Wendell Belarmino volta às piscinas em busca do primeiro pódio no Mundial Paralímpico, que começa hoje em Londres. Competição vale vagas para Tóquio-2020

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 09/09/2019 04:06
Após conquistar seis medalhas no Parapan, o brasiliense Wendell Belarmino volta às piscinas em busca do primeiro pódio no Mundial Paralímpico, que começa hoje em Londres. Competição vale vagas para Tóquio-2020


BASQUETE
A Seleção Brasileira, do pivô Anderson Varejão (foto), precisa de uma histórica e improvável vitória contra os Estados Unidos, hoje, às 9h30, para avançar às quartas de final da Copa do Mundo, na China. A competição é classificatória para os Jogos Olímpicos-2020.








Nem deu tempo de o nadador Wendell Belarmino mostrar à família as seis medalhas que ganhou nos primeiros Jogos Parapan-Americanos que disputou, em Lima, há uma semana. Da capital peruana, o brasiliense embarcou direto para Londres, onde estreia hoje no Campeonato Mundial de Natação Paralímpica. Wendell integra uma delegação com 24 atletas que visa garantir o maior número possível de vagas para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano que vem ; os medalhistas de ouro e prata nas respectivas provas garantem um lugar ao país de origem na competição de 2020.

Ao todo, 60 países serão representados por cerca de 600 atletas, de hoje até o dia 15. Nove dos brasileiros que disputam o Mundial conhecem o Parque Olímpico Rainha Elizabeth, que também recebeu a natação nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Quatro deles ganharam medalha: o paulista Daniel Dias (classe S5), a cearense Edênia Garcia (S3), a potiguar Joana Neves (S5) e o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10). Mesmo entre tantas estrelas, o novato Wendell, de 21 anos, chega ao Mundial de Londres com moral pelo desempenho no Parapan.

Até Daniel Dias desfiou elogios ao jovem talento da capital federal durante a competição. ;O Wendell está nadando superbem. Vejo uma geração muito boa, que está medalhando em várias classificações e provas;, comentou o maior atleta paralímpico do Brasil. Em Lima, Wendell foi mais rápido que os adversários em quatro das seis provas que disputou pela categoria S11 (para cegos totais). Os ouros nos 50m livre, 100m livre, 100m borboleta e 200m medley tiveram ainda quebra de recorde parapan-americano.

Desempenho

;O Wendell nadou pesado no Parapan, mesmo o foco dos treinamentos sendo o Mundial. O desempenho foi excelente, batendo as melhores marcas pessoais dele;, avaliou o técnico Marcus Lima. O brasiliense fechou a conta com mais duas pratas, nos 400m livre e 100m peito. Apesar de ainda não ter voltado para casa, o nadador, que nasceu com um glaucoma, recebeu muitas mensagens e parabenizações a distância.

Wendell começou a nadar na escola, mas tinha um perfil competitivo. Marcão, como o treinador é conhecido, foi o responsável por tornar o garoto um nadador de alto rendimento. Entusiasmado pela evolução do atleta de 1,81m na água, o treinador pagou a viagem para Lima do próprio bolso para assistir ao pupilo no Parapan. A emoção acompanhada de choro a cada prova de Wendell fez toda a arquibancada tomar conhecimento do orgulho de Marcão. Desta vez, o técnico foi para Londres como parte da delegação brasileira, como estava previsto.



;O Wendell está nadando superbem. Vejo uma geração muito boa, que está medalhando em várias classificações e provas;
Daniel Dias, nadador e maior medalhista paralímpico do Brasil

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