No século 21, Athletico Paranaense e Internacional são fábrica de talentos com passagens por clubes de ponta da Europa e Seleção Brasileira. Levantamento do Correio mostra que o clube gaúcho foi responsável por revelar e vender 30 jogadores. O Furacão formou e negociou 27. Embora a quantidade seja próxima, o Colorado faturou quase R$ 300 milhões a mais do que o adversãrio na final da final da Copa do Brasil. Anfitrião do jogo de ida, hoje, às 21h30, na Arena da Baixada, o rubro-negro faturou R$ 450 milhões de 2001 a 2019. O montante das vendas do time de Porto Alegre se aproxima de R$ 725 milhões.
O Athletico conquistou neste século o Campeonato Brasileirro (2001), a Copa Sul-Americana (2018) e foi vice da Libertadores (2005). O sucesso passa pela categoria de base. O clube colocou na vitrine o lateral Alex Sandro (Juventus), o goleiro Neto (Barcelona), o volante Fernandinho (Manchester City), o pentacampeão Kleberson e o meia Jádson (Corinthians). Todos com passagem pela Seleção Braileira.
Recentemente, o time paranaense formou Marcelo Cirino, um dos responsáveis pela primeira chegada do clube à final de Copa do Brasil em 2013; Éderson, artilheiro do Brasileirão 2013; Renan Lodi, lateral cedido ao Atlético de Madri por cerca de R$ 87 milhões ; configurando a maior venda da história do Furacão.
Pelo Colorado, os destaques são Alisson, goleiro titular do Liverpool e da Seleção; Fred, volante do Manchester United, Alexandre Pato, que ajudou o time na conquista do Mundial em 2006; Nilmar, Rafael Sóbis e Luiz Adriano, trio com passagem pela amarelinha; e Taison, convocado para a Copa da Rússia 2018.
Se o lucro do Internacional é consideravelmente maior que o do Athletico no século, a vantagem é favorável ao time paranaense nos últimos cinco anos. Com as as negociações de Sidcley, Marcos Guilherme, Marcão, Otávio, Marcelo Cirino, Hernani, Nathan, Éderson, Manoel e Renan Lodi, o Furacão faturou cerca de R$ 245 milhões. No mesmo período, o Colorado teve entrada de aproximadamente R$ 235 milhões na concretização da transferências de Valdívia, Otávio, William, Alisson, Nilmar, Bruno Gomes, João Paulo, Marcinho e Iago.
Além dos valores obtidos pela venda dos jogadores, os clubes também arrecadam nas negociações internacionais dos atletas para outros clubes. O Mecanismo de Solidariedade da Fifa permite que até 5% do valor total da transferência de um atleta seja dividido proporcionalmente entre os clubes que defendeu até os 23 anos. Em meio ao vaivém do mercado no século, Marcelo Cirino, do Furacão, e Rafael Sóbis, do Inter, retornaram aos seus clubes de origem e terão a oportunidade de escrever mais um capítulo na história dos times que defendem.
Experiente, Rafael Sobis, 34 anos, é bicampeão da Libertadores pelo Inter (2006 e 2010) e venceu a Copa do Brasil duas vezes pelo Cruzeiro. Cirino, 27 anos, venceu a Sul-Americana pelo Athletico no ano passado e esteve na única final de Copa do Brasil disputada pela equipe do Paraná. Na ocasião, perdeu a taça para o Flamengo.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
Athletico-PR
Neto
vendido para a Fiorentina por 3,5 milhões de euros, em 2011
Alex Sandro
vendido para o Santos por 2,2 milhões de euros, em 2010
Fernandinho
vendido ao Shakhtar por 7,8 milhões de euros, em 2005
Kléberson
vendido ao Man. United por 8,6 milhões de euros, em 2003
Renan Lodi
vendido ao Atl. de Madrid por 20 milhões de euros, em 2019
Internacional
Alisson
Vendido para a Roma por 8 milhões de euros, em 2016
Fred
Vendido para o Shakhtar por 15 milhões de euros, em 2013
Alexandre Pato
Vendido para o Milan por 24 milhões de euros, em 2007
Nilmar
Vendido ao Villareal por 16,5 milhões de euros, em 2009
Taison
Vendido ao Metalist por 6,3 milhões de euros, em 2010