postado em 20/09/2019 04:14
Nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, o nadador Daniel Dias começou a encantar os brasileiros. Aos 19 anos, assumiu o papel deprotagonista daquela edição ao faturar oito ouros. ;Conversando com o pessoal mais antigo, lembramos como era o movimento paralímpico no Brasil lá em 2007, no meu primeiro Parapan, e o quanto ele evoluiu depois. Não tenho dúvidas de que, no Peru, não vai ser diferente;, aposta Daniel Dias. Aos 31 anos, ele conquistou a 33; medalha de ouro no torneio continental, no qual jamais perdeu uma disputa.
;É um comitê que foi fundado em 2015, é recente, eu espero que, de fato, eles possam usar as estruturas que foram feitas aqui e que o movimento paralímpico no Peru só cresça e mostre, assim como o Brasil veio mostrando, o valor da pessoa com deficiência;, diz Daniel Dias. Para ele, as características do povo peruano colaboram para o crescimento do esporte paralímpico no país. ;É um povo solidário, nos receberam muito bem, com alegria. Temos de agradecer muito a eles;, completa.
Com a prata conquistada no tênis de mesa por equipe no Parapan do Rio-2007, a brasiliense Carla Azevedo carrega lembranças. ;Na época, a gente já se sentia superimportante;. A atleta reconhece que o país, as entidades esportivas e os próprios atletas e profissionais ligados ao esporte viviam momento de aprendizado intenso. ;Vejo nitidamente a evolução, principalmente em relação à visão das pessoas sobre o esporte de alto rendimento. Antigamente, éramos vistos muito como atletas em reabilitação,de superação. Hoje, não;, avalia.
Edênia Garcia tem poucas lembranças da estreia no Parapan. Faz 16 anos, no evento de Mar del Plata-2003. ;Eu lembro de muito frio. A gente não tinha nem agasalho direito. Melhoramos muito, em termos de estrutura física e humana, da parte profissional, de tudo;, testemunha, em relação ao desenvolvimento da natação paralímpica do Brasil. O desenvolvimento se refletiu também em resultados. (MN).
* A repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro