postado em 25/09/2019 04:11
A delegação de parabadminton chegou a Lima apenas na segunda semana do Parapan-Americano. Durante o restante da competição, uma cena se tornou comum: Rômulo Júnior Soares fora da cadeira de rodas, sentado no chão aos beijos com Brazuca. ;Eu o adorei de primeira, mas tinha de me manter concentrado no meu objetivo, que era conquistar a medalha de prata;, diz o atleta que tem movimento limitado dos membros inferiores.
Em quadra, ele cumpriu a meta: subiu no pódio ao lado do parceiro Rodolfo Cano, nas duplas do parabadminton. Enquanto isso, Jaqueline levava Brazuca ao veterinário e corria atrás dos documentos para que pudesse ser levado a outro país.
Na volta para Brasília, Rômulo soube em São Paulo que a companhia aérea que faria o trajeto final não transportava animais. Um casal amigo que mora na cidade paulista, então, ficou com o cachorro e encarou mais de mil quilômetros de carro para levá-lo até a nova casa. A essa altura, um segundo diagnóstico apontou que Brazuca estava com pneumonia.
Em Brasília, a mascote da delegação brasileira contou com os cuidados em tempo integral de Rômulo, que precisou dar uma pausa nos treinos. No novo endereço, no Jardim Botânico, Brazuca ganhou quatro irmãos: Kiko, Capitu, Lilica e Tica. ;Eu estava preocupado de ele implicar com o macho, mas eles se deram superbem, entendem-se como irmãos;, celebra. ;Brazuca faz tudo ficar mais fácil, ele é muito bonzinho;, completa. (MN)