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Sonhos olímpicos passam por Brasília

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 06/10/2019 04:15
Mariana Silva é uma das atrações do evento que começa hoje, na capital


Os dois tiveram a rara oportunidade de disputar uma edição de Jogos Olímpicos dentro de casa. No Rio de Janeiro, Mariana Silva (63kg) passou perto de subir ao pódio, mas perdeu na disputa pelo bronze. Victor Penalber (81kg), que havia se classificado como sétimo do mundo e cabeça de chave para o megaevento, foi surpreendido e eliminado nas oitavas. O momento mais difícil na carreira dos meio-médios, contudo, viria na sequência. Com sucessivas lesões, Penalber e Mariana viram outros brasileiros crescerem na categoria e o sonho de uma nova chance olímpica se afastar, um quadro que esperam reverter a partir do Grand Slam de Brasília, com início hoje.

;Essa lesão realmente me pegou de surpresa. A primeira foi em julho de 2017, e aí fiquei oito meses me recuperando. Depois estourei o ligamento novamente. Foi um processo de dois anos afastada de campeonatos internacionais;, conta Mariana, submetida a três cirurgias no joelho ; duas no ligamento cruzado anterior e outra, de raspagem para conseguir retomar os movimentos completos da perna.

Em termos de ranking mundial, o preço foi caro. Mariana, agora com 29 anos, ocupa hoje a 89; colocação da categoria, atrás das brasileiras Aléxia Castilhos (28;), Ketleyn Quadros (31;) e Yanka Pascoalino (70;).

Situação semelhante vive Penalber, responsável por desbancar o duas vezes medalhista olímpico Leandro Guilheiro do posto de titular da seleção. De sétimo do mundo em 2016, um ano após a conquista do bronze no Mundial de Astana, o carioca caiu para a 52; colocação e viu Eduardo Yudy Santos despontar, ocupando o 24;. A primeira lesão de Penalber foi em fevereiro do ano passado, na cervical.

Agora, o Grand Slam terá significado especial para a dupla. Marca, ao mesmo tempo, uma retomada ao circuito internacional e um adeus à fase de lesões. Como não ocupam mais a liderança da categoria entre os compatriotas, Mariana e Penalber têm, em Brasília, uma chance especial de somarem pontos essenciais à corrida olímpica. Isso porque, na condição de país-sede, o Brasil pode convocar quatro atletas por peso para a competição, que vale mil pontos no ranking mundial. Com um bom resultado na capital federal, eles podem ser beneficiados com novas convocações para os próximos torneios, até a definição, em maio, das vagas para Tóquio 2020.


Programe-se

Grand Slam

Local
Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), no Setor de Clubes Sul

Quando
De hoje até terça-feira

Horário
A partir de 10h (preliminares) e 16h (disputas de medalhas)

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