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Cara a cara com o sonho do tetra

Em abstinência de títulos no torneio desde 2003, Brasil enfrenta a França por vaga na final. Clássico opõe os melhores ataques de duas seleções invictas e favoritas ao caneco do torneio

João Romariz*, Mariana Fraga*, Gabriel Escobar*
postado em 14/11/2019 04:15
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Os dois melhores ataques (França com 17 e Brasil com 14), as duas únicas equipes 100% no torneio e as duas favoritas. Pelo lado verde-amarelo, a volta de Diego Rosa no meio e a boa atuação de Pedrinho nas quartas de final deram moral à Seleção. Os Bleus perderam seu principal iniciador de jogadas, o volante Agoume, por suspensão. Essas são as credenciais para a semifinal do Mundial Sub-17 de logo mais, às 20h, no Estádio Bezerrão. A expectativa é de casa lotada, mais de 14 mil torcedores, para apoiar os adolescentes brasileiros rumo ao cobiçado tetra.

Os estilos de jogo das duas seleções foram temas recorrentes nas coletivas. As equipes se destacam pela ofensividade e troca de posições no ataque. Apesar de ostentar mais posse de bola em apenas dois dos seis jogos no Mundial, João Peglow, camisa 10 canarinho, destacou a maneira com que o Brasil propõe os jogos.

;Gostamos de ficar com a bola, mas também é preciso saber sofrer, e soubemos, para depois aplicar nossa velocidade nos contra-ataques. A França é uma grande seleção e estamos acostumados a grandes jogos;, contou o meia.

Os franceses, com 17 gols, têm o melhor ataque da competição e passaram das quartas de final com goleada sobre os espanhóis por 6 x 1. "O nosso foco não é só no estilo de jogo, mas na eficácia. Queremos jogar o nosso melhor futebol. O Brasil vai muito bem na parte defensiva e eles contam com o décimo segundo jogador: a torcida. Espero muitos gols amanhã (hoje), mas cada jogo é uma história. Vamos esperar o de amanhã (hoje)", projeta Jean-Claude Giutini, técnico francês.

O desfalque do volante francês Agoume também foi questionado aos dois treinadores. O técnico brasileiro, Guilherme Dalla Déa, sabe da importância do atleta para a equipe adversária, mas acredita em uma reposição à altura. ;A França vai imprimir seu ritmo forte, mesmo sem seu capitão. Eles contam com um modelo homogêneo desde a base até o profissional. Tenho certeza de que a característica deles será mantida;, concluiu.

Baixa

O treinador francês lamentou a perda do seu capitão. ;Vamos lidar com as dificuldades de jogar sem ele. É o nosso capitão e tem um papel fundamental na equipe. Vai nos ajudar incentivando os companheiros no pré-jogo. Temos um grupo muito forte e contamos com todos para superar essa ausência;, explicou o comandante gaulês.

Os destaques franceses ficam por conta do atacante Mbuku, autor de quatro gols, e do meia, líder em assistências, Aouchiche, com seis passes para gol.

Pelo lado brasileiro, Dalla Déa terá todo o elenco à disposição, com exceção de Talles Magno. Diego Rosa, que estava suspenso, deve voltar a equipe titular no lugar de Talles Costa. Pedrinho, meia do Grêmio, deu duas assistência contra a Itália e deve ser mantido como criador de jogadas. Yan Couto, lateral-direito, voltou de suspensão contra a Itália, cresceu tecnicamente, e é um dos expoentes brasileiros.

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