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O dono da América

Na letra do hino do Flamengo, de Lamartine Babo, os 38 anos de espera pela volta à final, sonho acalentado pela %u201Cnação%u201D de 40 milhões de torcedores. Continente sabe hoje se terá um bi ou um penta

postado em 23/11/2019 04:35
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Uma vez Flamengo na final da Libertadores de 1981. Sempre Flamengo, esperavam os mais otimistas na era Zico. Só que não. Apesar da longa espera de 38 anos, os devotos rubro-negros foram fiéis ao hino oficial da religião composto por Lamartine Babo. Decidiram cumprir o ;Flamengo sempre eu hei de ser;, independentemente da coleção de fracassos ; foram 13 depois de 1981 ; na competição continental.


À espera do bi na Libertadores, a ;nação; entendeu que ;é o maior prazer vê-lo brilhar seja na terra, seja no mar;, com glórias no Carioca, torneio em que ultrapassou o Fluminense e virou hegemônico; Brasileirão, Copa do Brasil, Mercosul e Copa dos Campeões.


Nem sempre o mantra ;vencer, vencer, vencer; foi cumprido à risca, como nos amargos vices na Supercopa dos Campeões, Copa do Brasil, Brasileirão, Mercosul e Sul-Americana. Mas, como prega o evangelho rubro-negro, ;uma vez Flamengo, Flamengo até morrer;.


Na regata, não, mas no futebol, o Flamengo matou, maltratou, arrebatou torcedores de emoção no coração na campanha até a final desta Libertadores com vitória nos pênaltis contra o Emelec do Equador nas oitavas; e 6 x 1 sobre o timaço do Grêmio no placar agregado das semifinais.


;Consagrado, no gramado sempre amado; por 40 milhões de torcedores, ;mais cotado; (até pela imprensa argentina) para vencer o duelo de hoje contra o River Plate, às 17h, no Monumental, em Lima, no Peru, o Flamengo não disputará um Fla-Flu, mas será um ai, Jesus! O português Jorge Jesus é o mentor do fim de semana que pode ser épico em 124 anos de história, com dois títulos em 24 horas, caso supere o River, e o Palmeiras não vença o Grêmio na 34; rodada da Série A.


Independentemente do desfecho, esta foi a semana em que quem viu (ou não) o time na final de 1981, descobriu e/ ou redescobriu que teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo. Ele vibra, ele é fibra, muita libra já pesou. Com ou sem o bi no duelo contra o atual campeão River, vencedor do torneio em duas das últimas quatro edições, o torcedor rubro-negro continua com uma certeza. Baterá no peito dizendo: ;Flamengo até morrer, eu sou;.

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