Jorge Jesus é o segundo treinador europeu a conquistar a Libertadores. Iguala o feito de Mirko Jozic. O croata levou o Colo-Colo à glória em 1991. Hoje, pode se tornar o primeiro estrangeiro a faturar o Brasileirão caso o Palmeiras não vença o Grêmio, pela 34; rodada do Brasileirão. Levando em conta os nacionais desde 1959, unificados em 2010 pela CBF, o português será o segundo. O argentino Carlos Volante levou o Bahia ao título de 1959 contra o Santos de Pelé.
Criticado por uma ala conservadora de técnicos do futebol brasileiro, Jorge Jesus voltou a desabafar na comemoração do título, alfinetando quem tenta menosprezar o trabalho à frente do Flamengo. ;Sim, eu sou um treinador como outro qualquer em qualquer parte do mundo. Não é minha nacionalidade que me faz diferente. Tem outros melhores e outros piores. Não foram todos, mas alguns não aceitaram muito. Os grandes treinadores não se incomodaram;, disse.
Com Jesus no comando, o Flamengo perdeu apenas uma partida no Brasileirão (3 x 0 para o Bahia, em Salvador, no primeiro turno do Brasileirão), e uma para o Emelec, por 2 x 0, nas oitavas de final. Como em um passe de mágica, o time rubro-negro se transformou em uma máquina de fazer gols e ganhar jogos de futebol, especialmente no Maracanã. Os torcedores se apaixonaram pelo "mister" e passaram a gritar seu nome com o mesmo entusiasmo dedicado aos grandes astros da equipe, ou até mais.
O caminho para conquistar o coração da maior torcida do Brasil foi percorrido muito rapidamente, mas isso não quer dizer que tenha sido uma jornada sem sobressaltos. O estilo enérgico do português, que é famoso por cobrar seus jogadores sem piedade nos treinos, causou a ele alguns problemas, dentro e fora das trincheiras rubro-negras. Jesus causou controvérsia ao dar broncas agressivas em alguns de seus atletas logo depois de jogos, diante das câmeras de tevê e da multidão, e ao bater boca com treinadores rivais, entre eles, Alberto Valentim.
;Alguém disse que tenho três (títulos). Não são três, são 14. E se ganhar mais um será o 15;;, disse o ex-técnico do Benfica e do Sporting. Para felicidade da torcida do Flamengo, o 15; foi o título da Libertadores, uma conquista suada obtida graças ao talento do melhor grupo de jogadores do país e também ao trabalho de Jorge Jesus, um português que veio ao Brasil para lembrar os pentacampeões mundiais que ser campeão jogando um futebol bonito é possível, sim.
;Sou um treinador como outro qualquer em qualquer parte do mundo. Não é minha nacionalidade que me faz diferente. Tem outros melhores e outros piores. Não foram todos, mas alguns não aceitaram muito. Os grandes treinadores não se incomodaram;
Jorge Jesus, segundo técnico europeu a conquistar a Libertadores