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O charme de Roland-Garros

Torneio transporta atletas amadores ao torneio mais charmoso do saibro e que consagrou o tenista mais carismático do Brasil: Gustavo Kuerten, o Guga

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 29/11/2019 04:16
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Até domingo, Brasília será palco do Roland-Garros Amateur Series, que transporta atletas amadores ao torneio mais charmoso do saibro e que consagrou o tenista mais carismático do Brasil: Gustavo Kuerten, o Guga. Entre os 125 competidores, há desde jovens talentos, como os irmãos brasilienses Arthur e Beatriz de Melo Ferreira, de 17 e 15 anos; até Maria do Socorro Oivane, 54, que roda o Brasil e o mundo para disputar campeonatos com amigas que compartilham a mesma paixão pelo tênis.

Os irmãos que representam Brasília no torneio carregam o amor pelo esporte transmitido pelo avô, que chegou disputou eventos nacionais e internacionais de tênis. ;O primeiro presente que ele me deu foi uma raquete;, conta Arthur, que começou a bater bola aos sete anos. O adolescente que passou a estudar a distância para se dedicar mais à carreira no esporte fala de forma saudosa do avô. ;Ele faleceu há seis anos, mas foi nessa época que eu comecei a jogar para valer;, conta.

Um grupo animado de mulheres com mais de 40 anos também marca presença para dar a receita de como curtir uma competição em clima de festa e amizade. A trupe é formada por 10 senhoras joviais de diferentes estados do país com uma mesma proposta: disputar campeonatos de tênis e se divertir, seja qual for o lugar do mundo. ;Somos todas senhoras acima dos 40 anos, que é a idade que se consegue viajar um pouco mais para poder participar dessas competições;, explica Mariado Socorro.

;Chegamos a juntar oito pessoas em uma casa alugada, em Portugal, para uma competição;, conta a funcionária pública, que está em processo para se aposentar. Ela começou a jogar tênis aos 30 anos e logo se encantou. ;Não parei mais, me apaixonei. O tênis é qualidade de vida, há senhoras acima dos 60 anos que ficam em partida que dura até três horas;, completa.

As quadras e a raquete ganharam ainda mais encanto para Maria do Socorro quando ela desenvolveu nível para participar de competições. Após mais de duas décadas se deliciando com o esporte, ela acredita ter disputado mais de 20 torneios internacionais. Em todas as competições, sempre vai acompanhada de uma ou mais amigas que o tênis lhe deu.

A estratégia é chegar nos lugares por volta de três dias antes da competição para dividir os treinos com passeios turísticos. Depois, o foco é na competição e na torcida pelas amigas. ;Uma dá força para a outra, assiste ao jogo, dá dicas. A maioria não é casada e os filhos são crescidos, adultos;, observa.


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