postado em 08/12/2019 04:16
[FOTO1]Os jogadores do Cruzeiro pisarão no gramado do Mineirão, na tarde deste domingo, com uma missão espinhosa: evitar o primeiro rebaixamento para a Série B na história do clube. Para isso, será preciso derrotar o Palmeiras, a partir das16h, e ainda torcer por uma derrota do Ceará para o Botafogo, no mesmo horário, no Rio. Essa é a única combinação de resultados que salva o clube mineiro da degola.
Caso se confirme, o rebaixamento será a consequência desastrosa de uma temporada caótica para o clube. Os primeiros meses foram bons, mas se mostraram enganosos. Ao longo de 2019, o Cruzeiro viveu um processo de decadência que, não por coincidência, começou com uma denúncia de corrupção de dirigentes celestes.
O título do Campeonato Mineiro e a boa campanha na fase de grupos da Libertadores fizeram o time cruzeirense ser muito elogiado no início do ano, mais precisamente até o mês de abril. Em maio, começaram os problemas. Uma investigação da Polícia Civil resultou em uma denúncia de transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes cometidos dentro do clube. Isso gerou enorme instabilidade na equipe e não demorou para que os maus resultados aparecessem.
Após a Copa América, o Cruzeiro foi eliminado da Libertadores, pelo River Plate, e da Copa do Brasil, pelo Internacional. A campanha no Brasileirão foi ruim desde o início, mas no clube sempre prevaleceu a certeza de que, quando a equipe se dedicasse com afinco à competição, as vitórias surgiriam. Mas não aconteceu.
A troca de Mano Menezes, bicampeão da Copa do Brasil, por Rogério Ceni resultou em um desastre. O jovem técnico não conseguiu domar as ;feras; do elenco, especialmente Thiago Neves, e durou pouco no cargo. A seguir, chegou o veterano Abel Braga, muito mais agradável para os atletas, mas o carioca não foi capaz de tirar o Cruzeiro do buraco.
A três rodadas do fim, chegou Adílson Batista, antigo ídolo da torcida celeste. E, por enquanto, não adiantou nada. O Cruzeiro só chegou à última rodada com chance de escapar do rebaixamento porque o Ceará perdeu para o Corinthians na quarta-feira, mas agora quer aproveitar o ;presente; que ganhou do concorrente. O treinador, porém, não terá Edilson, Egídio e Ariel Cabral, todos suspensos, e Robinho, machucado. Apesar disso, ele acredita naquilo que chama de milagre.
;Milagre existe e a gente precisa acreditar. Tempo para treinar não tem. Você precisar recuperar os jogadores, o lado emocional é muito importante. É repouso e conversa para que a gente faça um grande jogo e vença o Palmeiras. É o que nos resta. O torcedor vai colocar a bola para dentro no domingo;, disse o treinador no meio da semana.
2; lugar
O Palmeiras tem apenas um objetivo nesta última rodada do Campeonato Brasileiro: terminar em segundo lugar. A disputa pelo vice-campeonato vale R$ 1,6 milhão. O segundo colocado recebe R$ 31,3 milhões em premiação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), enquanto o terceiro fica com R$ 29,7 milhões.Para a partida contra o Cruzeiro, o Palmeiras segue com os desfalques dos lesionados Gustavo Gómez, Vitor Hugo, Hyoran e Gustavo Scarpa. Por outro lado, o volante Felipe Melo pode voltar após cumprir suspensão do STJD, mas deve ser preservado pela comissão técnica. Com dores musculares, Luiz Adriano vinha fazendo trabalhos à parte e também não deve jogar.
O Palmeiras será novamente comandado pelo interino Andrey Lopes. Enquanto a equipe faz o último jogo de 2019, a diretoria pensa em 2020 e busca a contratação do argentino Jorge Sampaoli, do Santos.
;Milagre existe e a gente precisa acreditar. O lado emocional é muito importante. É repouso e conversa para que a gente faça um grande jogo e vença o Palmeiras. É o que nos resta. O torcedor vai colocar a bola para dentro;
Adílson Batista, técnico do Cruzeiro
R$ 31,3 milhões
Prêmio pago ao segundo colocado do campeonato