Superesportes

Sequência de erros provoca a degola

postado em 09/12/2019 04:35


A queda inédita se dá após anos recentes de êxito esportivo ; o clube foi bicampeão brasileiro em 2013 e 2014 e também faturou duas vezes seguidas a Copa do Brasil, em 2017 e 2018. Além disso, começou a temporada sendo campeão estadual. Mas o fracasso se dá em consequência de uma série de erros cometidos dentro e fora dos gramados.

Os graves problemas na gestão do Cruzeiro, presidido por Wagner Pires de Sá e tendo Itair Machado como vice-presidente de futebol, vieram à tona no fim de maio. Além de conviver com dívidas que superam os R$ 500 milhões, o clube se tornou alvo de investigação e inquérito para apurar denúncias sobre falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e possíveis infrações às regras da Fifa e da CBF.

Em 10 de outubro, Wagner Pires demitiu Itair e nomeou o presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, opositor durante a maior parte do mandato, como gestor de futebol. Foi uma aposta na união política, mas a estratégia fracassou, desgastando a imagem com o torcedor, também se envolvendo em polêmicas com Thiago Neves e dirigentes de outros clubes.

Sob o comando de Mano Menezes desde 2017, o Cruzeiro optou por priorizar os torneios mata-mata em temporadas recentes, estratégia que contribuiu para a conquista da Copa do Brasil em 2017 e 2018. Mas não deu certo nesta temporada. Enquanto esteve vivo no mata-mata nacional e na Libertadores, o time somou apenas 18 pontos em 17 compromissos pelo Brasileirão.

Pressionado pela campanha ruim no Nacional, o Cruzeiro demitiu Mano Menezes, em 8 de agosto, com duas vitórias, quatro empates e sete derrotas no Brasileirão. Foi dirigido uma vez interinamente por Ricardo Resende e apostou em Rogério Ceni, mas que durou 46 dias no cargo, porque o relacionamento com os jogadores se deteriorou rapidamente, sendo criticado publicamente por Thiago Neves e questionado por Dedé.

A escolha seguinte foi por Abel Braga, com estilo ;paizão;. Não conseguiu tirar o Cruzeiro da zona de rebaixamento, sendo demitido a três rodadas do fim do Brasileirão. Restou confiar em Adilson Batista, técnico que levou o time à final da Libertadores. A esperada reação para evitar a degola, porém, não veio.


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