Correio Braziliense
postado em 11/01/2020 04:05
O jogador precisava compensar o desemprego e a falta de dinheiro com atividades ilícitas. O tráfico foi uma delas. Michael também abusava do álcool, mas nunca ficou longe de futebol. O talento para driblar sempre lhe rendeu convites para atuar em jogos na várzea de Goiânia, geralmente em campos de terra na periferia.Michael reforçava os times, em troca de dinheiro.
Às vezes, chegava a participar de oito jogos em um fim de semana para conseguir arrecadar o máximo possível. Por isso, atualmente, ele não considera tão assustador assim ter de entrar em campo e disputar uma partida importante. “O mais difícil foi quando eu tinha de jogar três ou quatro partidas em um dia no terrão para conseguir juntar algum dinheiro. O melhor eu digo que é toda vez que eu posso entrar em campo. Sou muito feliz fazendo o que faço. É muito mais do que eu imaginava anos atrás”, conta.
A nova chance para Michael veio em 2016, meses depois de quase ser assassinado. O pequeno Monte Cristo, da terceira divisão goiana, apostou no atacante. A carreira dele decolou de vez. Logo depois, destacou-se pelo Goianésia no Campeonato Estadual de 2017 e, em seguida, foi contratado pelo Goiás.
O passado difícil não foi esquecido por Michael. O destaque do Brasileirão afirma que os jogos na várzea lhe ensinaram muito. “É a questão da superação. As dificuldades aparecem ali no terrão e você tem de se virar. No improviso, na habilidade, do jeito que der.”
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