Correio Braziliense
postado em 08/02/2020 04:15
Passado um ano, a tragédia no Ninho do Urubu ainda gera bastante polêmica. Ontem, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aguardava o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o vice-geral e jurídico, Rodrigo Dunshee, entre outros dirigentes para prestar depoimento. Entretanto, eles não compareceram e o presidente da CPI, o deputado Alexandre Knoploch (PSL), informou que vai convocá-los novamente, porém, com condução coercitiva em caso de ausência.
Segundo o deputado, na próxima sessão, caso os dirigentes não se apresentem, a Polícia Civil deverá conduzi-los para a Alerj a fim de que o depoimento seja prestado. O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, também convocado, conseguiu um voo de Brasília, onde estava, para comparecer.
Diante dos problemas gerados, o Flamengo enviou rapidamente o CEO, Reinaldo Belotti, porém ele não estava entre os convocados. Familiares das vítimas também foram chamados. Wedson Candido de Matos, pai de Pablo Henrique, um dos mortos na tragédia, acusou o clube de ter abandonado os familiares.
“Desde a tragédia, conversei apenas uma vez com o Flamengo, nem foi com um dirigente, mas com o advogado. O clube nos abandonou em uma atitude de total desprezo. Não sabemos o que vai acontecer. Não tenho raiva da torcida nem do time, mas acho que essa diretoria omissa vai deixar uma mancha muito grande”, disse.
O Ministério Público está agindo e os dirigentes do Flamengo poderão responder criminalmente pelo incêndio. A postura de alguns tem irritado os familiares. Recentemente, um dirigente falou na FlaTV em “virar a página”, o que revoltou a família das vítimas.
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