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Sonho de guris

Convidamos torcedores mirins da maior rivalidade do país para a mesa redonda sobre o primeiro Gre-Nal da história no torneio de clubes da América. Confira palpites e o que eles têm a dizer sobre o clássico 424

Correio Braziliense
postado em 12/03/2020 04:08
Convidamos torcedores mirins da maior rivalidade do país para a mesa redonda sobre o primeiro Gre-Nal da história no torneio de clubes da América. Confira palpites e o que eles têm a dizer sobre o clássico 424O clássico de maior rivalidade do país terá um novo capítulo na noite de hoje. Tricolores e colorados protagonizarão o maior Gre-Nal da história —  o primeiro da Copa Libertadores da América. Até nisso há divergência. Muitos consideram o Gre-Nal das semifinais do Brasileirão de 1988, disputada em 1989, o mais importante  em 423 capítulos do dérbi.  São cinco títulos no torneio mais importante do continente. O tricampeão Grêmio tenta manter a sequência de seis confrontos sem perder para o rival. O bicampeão Internacional venceu 23 partidas a mais e quer manter a distância. Em Brasília, a torcida estará dividida para acompanhar, às 21h, na Arena do Grêmio, a disputa pela liderança do Grupo E.

Provocações, faltas duras, muita malandragem e grandes jogos acompanham os rivais sulistas há exatos 423 jogos. A história foi escrita por muitos craques do passado, mas, desta vez, os jovens dominam os elencos. No Grêmio, dos 23 inscritos, 10 passaram pelas categorias de base do clube. No Inter, são 11 pratas da casa.

Em Vicente Pires, a 2.133km de distância da Arena, a escolinha Toque de Classe do Grêmio forma jogadores para o Imortal. Entre eles, estão Erik Campos, 14, e Arthur Anezi, 7. Os jogadores/torcedores mirins da capital estão com boas expectativas para o clássico de logo mais. Além dos gremistas, o Correio selecionou uma dupla colorada para um bate-bola sobre o primeiro clássico pela Libertadores.   

Maria Luísa Ximendes, colorada de 7 anos, fica muito nervosa em um dia como o de hoje. “Muito ansiosa para começar o jogo. Sempre é um dia muito tenso, pois sempre quero que o Inter vença o Grêmio”, comentou a pequena torcedora. Erik Campos, gremista de 14 anos, vê o duelo como o “clássico mais acirrado e competitivo do Brasil. Fazendo o coração de qualquer torcedor disparar”.

Os quatro entrevistados pelo Correio foram influenciados pelos pais a torcerem pela dupla do Rio Grande do Sul. “Desde pequeno, meu pai me ensinou a amar e acompanhar o Internacional. Meu tio tentou fazer de tudo para eu torcer para o Grêmio, mas o Inter é a minha paixão”, resiste Isaac Oliveira, 11. O caçula do quarteto já foi levado pelo pai ao estádio para acompanhar o Grêmio. “Meu pai é gaúcho e eu quis ser gremista igual a ele”, disse Arthur Anezi, 7 anos.

Erik Campos e Arthur Anezi são fãs do atacante Everton Cebolinha. O principal nome ofensivo do Grêmio fará trio de ataque com Alisson e Diego Souza para tentar quebrar a boa defesa colorada. Do outro lado, Maria Luísa Ximendes e Isaac Oliveira são admiradores do futebol do zagueiro Víctor Cuesta. O argentino fez mais de 150 jogos pelo colorado e é identificado com a torcida. Os dois ídolos estão confirmados para o duelo de logo mais.

Atração fatal

Renato Gaúcho e Eduardo Coudet não devem surpreender nas escalações e repetir os 11 iniciais que venceram seus respectivos jogos na primeira rodada contra América de Cali e Universidad Católica, respectivamente. Os ingressos para o duelo foram esgotados ainda na manhã de ontem e a expectativa é de um clássico muito igual e sem favoritismo.

Os arquirrivais disputam o torneio continental ao mesmo tempo pela quarta vez. No ano passado, o Flamengo eliminou o Inter nas quartas de final e não permitiu o Gre-Nal na fase semifinal. A equipe rubro-negra passou também pelo Grêmio e depois conquistou o título na final contra o River Plate.

Em 2011, o Gre-Nal também ficou próximo de acontecer na Libertadores. Só que Grêmio e Inter foram eliminados das oitavas de final por Peñarol e Universidad Católica, respectivamente, e não puderam se enfrentar nas quartas. Na primeira edição que disputaram juntos, em 2007, o Grêmio perdeu apenas na final para o Boca Juniors e o Inter caiu ainda na fase de grupos.

Agora, após o Inter passar por duas fases de mata-mata contra Universidad do Chile e Tolima, da Colômbia, o Gre-Nal será disputado pela primeira vez na Libertadores. “É ainda maior. Vamos buscar fazer valer o fator casa, porque aqui somos muito fortes", diz o atacante Everton Cebolinha do Grêmio.

O Inter promete não mudar de postura e atacar. “Respeitamos o Grêmio, mas temos de fazer o nosso trabalho. Atacar e defender com todos para conquistar o resultado", afirmou Edenilson. “Acredito nessa mentalidade de ir lá de peito aberto e jogar”, completo.

A principal dúvida pelo lado do Grêmio é o zagueiro Kannemann, que perdeu algumas atividades e pode adiar o retorno. No Inter, são pelo menos três dúvidas. Na lateral-direita, Saravia e Rodinei disputam posição. O mesmo acontece na esquerda entre Uendel e Moisés. No ataque, Coudet não decidiu se começa com Thiago Galhardo.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima


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