Tecnologia

Câmera que faz fotos em três dimensões deve chegar ao Brasil até o fim do ano

Quem se surpreendeu com as cenas de filmes 3D nos cinemas pode se preparar

postado em 20/08/2009 08:16
Uma limitação clara das câmeras fotográficas, independentemente da quantidade de megapixels que trazem, é não captar exatamente aquilo que o olho vê. Mas câmeras apresentadas na Photoimage prometem começar a quebrar essa barreira, ampliando a possibilidade de capturar imagens de uma forma inovadora. A maior novidade foi, sem dúvida, o lançamento da FujiFilm, a FinePix Real 3D W1, que deve chegar ao Brasil até o fim do ano. A máquina traz duas lentes e brinca com a percepção de profundidade, criando duas linhas de visão diferentes. Toda vez que o usuário clica, duas imagens são captadas, mescladas e exibidas em um visor LCD especial de 2,8 polegadas, que controla a direção da luz e garante a sensação de 3D. A câmera tem resolução de 10MP e zoom ótico de 3x. E ela não vem sozinha. A companhia japonesa também anunciou um porta-retrato digital que comporta as imagens clicadas em 3D e a possibilidade de revelar, em lojas especializadas, as fotos em três dimensões. O preço do produto no Brasil ainda não foi definido. Lá fora, a máquina deve sair por US$ 650, e a impressão, por US$ 5. "Esse é um modelo para quem gosta de fotografia, mas também para quem gosta de novidade. E a câmera 3D é a evolução normal da imagem, uma realidade aprofundada", defende Gardinel Vanzela, especialista em produtos da FujiFilm. "Para a máquina aguentar o trabalho extra das duas lentes, colocamos uma bateria de alta durabilidade", emenda Gardinel. Outra novidade que ajuda na hora de retratar a realidade é câmera da Sony DSC-HX1, que faz fotos panorâmicas com um clique. Os modelos antigos que prometiam o recurso se valiam de várias fotos tiradas pelo usuário em sequência e de um programa de computador que procurava pontos comuns entre as fotografias e as juntava. Tudo muito complicado. A câmera também é uma das únicas que filmam em alta definição e tem excelente zoom ótico, de 20x.

Espertas Já a Samsung esperou o último dia da Photoimage, na quinta, para tirar seus coelhos da cartola. A novidade principal, e rara no Brasil, é a conectividade. O modelo ST1000 traz consigo capacidade de acessar redes Wi-fi e ainda trocar arquivos pelo Bluetooth. "Esses lançamentos representam uma categoria inédita de câmeras fotográficas digitais, que é denominada pela Samsung como smart cameras (câmeras espertas). O objetivo é oferecer funções originais para as novas necessidades do consumidor, agora ligado ao mundo por meio das redes sociais online", afirmou, em nota, Marcio Portella Daniel, diretor da divisão de eletrônicos da Samsung. Os outros dois modelos apresentados pela Samsung inovam trazendo duas telas LCD em vez de uma. Agora, além do display traseiro, outro foi colocado na frente das câmeras ST500 e ST550. Assim, dá para tirar com mais facilidade os autorretratos quando não há ninguém sobrando para fazer a foto. Outra sacada interessante é o modo criança, que mostra uma animação para atrair a atenção dos pequenos. Recursos quase profissionais Quem se cansou de tentar inovar com as câmeras comuns terá várias opções para dar um passo a mais sem ter de se aventurar entre as máquinas profissionais, bem mais caras e complicadas. "O consumidor, com o tempo, quer recursos técnicos apurados, como poder acertar a lente e o sensor", conclui William Silveira, gerente de máquinas da linha Alpha da Sony. A empresa renovou os produtos de entrada da Alpha (A230 e A330), que namoram em requisitos técnicos com os modelos de topo da linha amadora, a Cyber-shot. "Os menus ficaram mais fáceis, muito próximos dos usados nas compactas. A diferença é que o fotógrafo opta por dar seus cliques como quiser, em modo manual, ou aproveita os recursos automáticos", explica Silveira. Na Panasonic, a novidade agrada a todos os que sempre namoraram as câmeras Leica e nunca compraram. A Lumix LX3 tem design retrô e parece quadradona perto das máquinas atuais, redondinhas e coloridas. "O pessoal está falando que a LX3 lembra a Leica, mas isso tem um motivo óbvio. Nós fabricamos as câmeras deles", explica Alessandro Batista, analista de produto da empresa. A empresa japonesa também uniu na LX3 (que usa lentes Leica) a possibilidade de foco e controles manuais a todo o arsenal de recursos que auxiliam o fotógrafo amador. E a Canon Powershot G10 vai na mesma linha da Lumix. O design fica entre as compactas e as semiprofissionais, apelando para um desenho puxando para o conservador, que inspira respeito a quem quer uma câmera mais robusta. A G10 tem apenas 5x de zoom ótico, mas a resolução é de 14,7MP.

Ergonômica Já a FujiFilm Finepix S1500fd lidera na aproximação, com 12x, e tem o visual mais próximo do usual em máquinas profissionais, com corpo mais ergonômico, que facilita a pegada. Outro destaque da câmera é a sensibilidade, que chega a 6400 de ISO (algumas param em 1600) em fotos de até 3MP. A Kodak, que, no Brasil, aposta em câmeras amadoras, também tem sua novidade. A EasyShare Z950 se diferencia dos outros modelos comercializados no Brasil por estar equipada com lentes da marca conhecida Schneider-Kreuznach Variogon. O zoom ótico é de 10x, e a resolução máxima, de 12MP. A Z950, que estará disponível em setembro, vem acompanhada de um cartão de 2GB.

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