postado em 22/09/2009 14:56
Oakland (EUA) ; É comum ver em lojas de informática leigos debatendo com vendedores e negociando descontos em cima de configurações de computadores, como velocidade de processador, memória RAM e tamanho do HD. Mas iniciativas das duas principais fabricantes de chips do mercado (a Intel e a AMD) prometem virar esse jogo, mirando no desempenho e uso da máquina e reduzindo a importância das informações técnicas.A AMD, por exemplo, anunciou, em evento realizado na Califórnia (EUA), uma mudança nesse paradigma. Agora, os computadores que levarem o chip da empresa serão classificados para o consumidor com quatro selos diferentes. E eles irão representar mais que a potência de cada item isolado: simbolizarão o desempenho do sistema completo, incluindo processador e placa de vídeo.
E essa integração deve ser mais proveitosa agora que a companhia mudou a forma como os dois componentes interagem. As tarefas serão menos divididas e a placa de vídeo ajudará o processador em trabalhos que antes só ficavam a cargo do chip. Assim, promete Nigel Dessau, diretor mundial de marketing da AMD, será mais fácil escolher seu PC.
;O consumidor de hoje quer saber até onde o PC pode chegar, não o que está dentro dele;, acredita Dessau. ;Ele busca uma experiência rica em entretenimento e alta definição, que pode ser alcançada por meio da combinação da tecnologia de CPUs e GPUs, sem que o usuário precise se preocupar com o significado de termos como gigahertz e gigabytes;, acredita.
A AMD ainda anunciou que os usuários que optarem por máquinas com Windows 7 e chips da empresa poderão usufruir de recursos extras, desenvolvidos em parceria com a Microsoft. Um deles é a possibilidade de fazer conversão e upload de vídeos de forma fácil, sem a necessidade de maiores configurações, apenas arrastando e jogando os arquivos dentro de um programinha que virá com o PC.
A tecnologia Vision também oferecerá outros recursos, como o gerenciamento de mídia com interface 3D, atalhos para carregar e compartilhar fotos no Facebook e Flickr e uma função a fim de organizar arquivos de música. Para ajudar no gerenciamento de energia, a empresa também anunciou o Fusion Utility for Mobility, que desliga os processos em background para proporcionar mais fôlego à bateria.
Concorrência
A Intel também resolveu simplificar a forma como comunica aos consumidores os atributos das máquinas que levam seus processadores. Os fabricantes que usam chips da empresa já veiculam em seus anúncios ou caixas de produtos uma classificação em estrelas, que vai de uma a cinco ; e que, assim como acontece com a AMD, avalia e dá um panorama de toda a configuração, inclusive da placa de vídeo e da memória RAM.
Outra iniciativa foi adotar uma nomenclatura mais fácil para os novos processadores, derivados da tecnologia Nehalem. Começando pelo Core i7, top, agora a companhia traz o Core i5, com preço perto dos US$ 250 em pré-vendas em sites como o Amazon.com.
Os chips de 45 nanômetros da nova série chegam com quatro núcleos e o Turbo Boost, que aumenta o desempenho em 20%. Outra linha que deve vir no próximo ano para fazer as vezes em máquinas mais baratas é a Core i3. ;Vai ficar fácil saber que o Core i7, da série 800, é mais rápido que o Core i5 da série 700;, explica Fidel Rios, engenheiro de aplicações da Intel Brasil.
;Antes, tínhamos vários processadores que, às vezes, apresentavam até velocidade parecida e isso confundia o consumidor, que não sabia qual tecnologia mais adequada;, completa. Segundo o executivo, a substituição das várias marcas atuais deverá ser gradual. ;Não dá para mudar isso de uma hora para outra. Aos poucos, com a chegada dos novos processadores, tudo vai se adequando;, avisa.