postado em 22/09/2009 15:13
Oakland (EUA) ; Nada de megahertz ou gigabytes. A AMD, fabricante de processadores que briga com a Intel pelo mercado mundial do segmento, quer conversar de forma mais simples com seus consumidores. Para isso, os processadores da marca vão assumir a marca Vision e terão apenas quatro divisões: para usuários comuns, para os que se interessam em fazer várias tarefas ao mesmo tempo, os que desejam criar ou editar vídeos e os jogadores. A nova linha estará disponível junto com o lançamento do Windows 7, em 22 de outubro. ;Temos um bom exemplo de como deverá funcionar lá em casa. Minha mãe, por exemplo, manda e-mails e navega na internet, então não precisa de muitas coisas, e ficará bem com o Vision Basic. Já eu, que sou um editor de vídeos compulsivo, precisarei do Vision Ultimate;, explica Nigel Dessau, diretor mundial de marketing da empresa.Mas só no ano que vem a AMD deve lançar seu processador topo de linha, que leva a alcunha de Vision Black. O chip será voltado para melhores experiências em desktops, principalmente para os gamers que querem estar ligados nas últimas novidades. ;Antes, o consumidor ia para a loja comprar seu PC e era bombardeado com perguntas sobre coisas que não domina, como velocidade de clock, capacidade de cache. Agora, queremos saber das necessidades, do que vai fazer com aquilo;, detalha Dessau.
Além da nova forma de se comunicar com seus consumidores, a AMD também apresentou novidades relacionadas à sua divisão de placas gráficas, a ATI Radeon. Primeiro, os executivos alertaram sobre o trabalho mais balanceado entre a capacidade de processamento do processador e da placa de vídeo. Agora, os dois dispositivos dividiram melhor o trabalho, com o segundo aceitando tarefas que antes eram exclusivas do primeiro.
Mas a principal novidade é a capacidade das novas placas, que levam o nome de Eyefinity, de juntar até seis monitores e compor uma grande tela. ;Porque não fizemos antes? Porque precisávamos de um grande chip que desse conta de juntar todas essas imagens em uma só. E agora o temos;, explicou Rick Bergman, gerente geral de produtos da AMD e vice-presidente sênior.
O objetivo da empresa é lançar quatro chips gráficos até meados de 2010, que vão custar entre US$ 100 e US$ 500, e chegarão a ter a capacidade de processamento de mais de 2,5 teraflops (2,5 trilhões de cálculos por segundo).
Com a junção de seis monitores, as resoluções máximas possíveis passaram de 1920 x 1080 pixels para 7680 x 3200, o que dá 24MP de resolução. O recurso é interessante para quase qualquer um que tenha de passar algumas horas em frente ao computador. Desde quem faz várias tarefas ao mesmo tempo, e poderia dividi-las melhor em cada tela, até o gamer que quer passar a ter um campo de visão bem maior e mais detalhado.
O sistema possibilita a junção de telas em várias configurações diferentes, desde seis divididos em três colunas de dois em formato de paisagem, até três em posição de retrato. A Samsung, por exemplo, já anunciou que está trabalhando em monitores de 33 polegadas com molduras menores, que não atrapalhem tanto quando estiverem juntos. Mas modelos de outros fabricantes também já podem ser usados. Na apresentação da tecnologia, no porta-aviões aposentado USS Hornet, produtos da Dell e da HP também eram utilizados.
O repórter viajou a convite da AMD