Tecnologia

TESTE: Olympus EP1

Com estilo saudosista e muita tecnologia, a Olympus EP1 é boa opção para usuários avançados e amadores

postado em 04/05/2010 07:00
Acima de tudo, a EP1, estreia da linha Pen, da Olympus, no mundo digital, é divertida. Mas é preciso ter muita paciência com ela. A câmera tem uma curva de aprendizagem bem longa. Isso quer dizer que, até o usuário saber o que está fazendo, vai demorar um pouco. O que colabora para a dificuldade é, principalmente, a navegação pelos menus, confusa.

Especificações

Saindo disso, a câmera faz ótimas fotos (graças a um sensor maior do que os que equipam câmeras compactas) e ainda traz possibilidades interessantes. São 19 modos automáticos de cena. E eles resolvem em quase qualquer situação em que a luz é minimamente favorável. Ainda dá para apelar para um dos seis filtros artísticos.

Eles produzem boas imagens para quem quer inovar. Ideal para aqueles que brincam com filtros e com configurações de cor e contraste no Photoshop. Entre as possibilidades, dá para fazer cliques com a imagem granulada, fotos esbranquiçadas e até simular o efeito das câmeras de plástico produzidas na União Soviética, que viraram moda recentemente.

[SAIBAMAIS]A despeito de uma sensibilidade alta disponível (o ISO chega a 6400 o que não é comum nem em câmeras mais avançadas), faz falta um flash integrado, mesmo que fosse para retratos mais simples durante a noite. Enquanto o recurso só é vendido como acessório, para a E-PL1, modelo mais em conta da mesma linha (lançado depois), o problema já foi corrigido.

Outro problema, principalmente para os usuários atraídos pelo ar retrô da câmera, é a ausência do visor. A situação fica mais apertada por causa da qualidade duvidosa da tela de três polegadas. Mas não se assuste. Uma vez que as fotos são descarregadas ou impressas, se revelará a ótima qualidade do conjunto ótico e digital.

Para ajudar o fotógrafo, a EP1 traz recursos importantes. Mesmo sendo meio atrapalhado, o foco automático ajuda com fotos em movimento. Isso porque a câmera detecta o objeto e o acompanha enquanto se move. Também para ajudar, a máquina conta com estabilizador de imagens mecânico.

A câmera combina o charme das máquinas antigas, de filme, com uma boa quantidade de recursos digitaisOutro chamariz importante é a possibilidade de trocar a lente (ela usa o padrão Micro Four Thirds, otimizado para câmeras digitais). Lá fora, é possível comprar só o corpo da câmera ou kits que já incluem o acessório. Os preços partem de US$ 650 e ultrapassam os US$ 1.100, com lente e flash.

A câmera ainda permite fazer fotos em formato RAW, com mais qualidade, já que não passa pela compressão do formato JPEG. Os arquivos ficam bem maiores, mas os elementos clicados são preservados. Quem quiser usar a EP1 para filmes eventuais também não deve se frustrar. Ela faz filmes em alta-definição e tem saída HDMI, para ligar direto a telas de LCD ou plasma.

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