postado em 18/05/2010 07:00
Não adianta uma boa memória, uma superplaca de vídeo e um possante processador se não há onde armazenar as informações. É nesse hora que entra o hard disk drive (HD), ou disco rígido na tradução para o português. Além de armazenar os arquivos e programas dos usuários, o HD ainda é responsável por definir o tempo para carregar programas e para abrir e salvar arquivos. O tamanho do disco rígido também é importante para um funcionamento adequado do computador. O mercado oferece opções que vão desde 80GB até 2TB.Na hora da compra, o usuário geralmente não se preocupa com a marca do HD e tampouco se há diferença entre elas. No entanto, a tecnologia utilizada na fabricação do componente também merece ser analisada. ;Tem gente que compra um computador bacana, HD de 500GB, e acha que está bom. Mas se esse disco rígido não estiver equipado com tecnologia nova, vai influenciar diretamente na velocidade do computador;, afirma Ronaldo Miranda, vice-presidente da divisão de soluções de tecnologia da informação da Samsung.
;O usuário ainda não está educado sobre o que ele deve procurar. Quando compra um HD interno ou externo que tem tecnologia defasada, velocidade inadequada ou memória cache baixa, ele é vítima de lentidão no sistema. O HD leva mais tempo para procurar os dados no disco;, explica Miranda. Além disso, é bom ter cuidado com muitos produtos que vêm de fora do Brasil e podem não ter garantia do fabricante.
A manutenção do HD também é fundamental para aumentar a vida útil do computador. Alguns programas acompanham os sistemas operacionais e realizam essa função. No caso do Windows, o Desfragmentador de Disco e o ScanDisk são utilizados para organizar os dados do HDD e para procurar erros e corrigi-los, respectivamente. Para os computadores Mac, há o Disk First Aid, que também vai atrás de setores defeituosos e os conserta. Quanto ao processo de desfragmentação, o sistema operacional da Apple vem programado para realizar a operação periodicamente. ;Para o usuário comum, é necessário utilizar o desfragmentador com frequência e utilizar o Scandisk. Mas, se a pessoa não desligar o desktop ou o laptop adequadamente antes de movê-lo, pode danificar o disco. Muitos problemas em notebooks ocorrem porque o usuário simplesmente abaixa a tela do equipamento e começa a andar, sem que o disco pare completamente;, explica Miranda.
Proteja os arquivos
A perda de dados privados podem causar muita dor de cabeça ao usuário. Segundo dados do FBI, 66% dos pendrives com informações pessoais são esquecidos ou perdidos e um em cada 10 laptops são roubados 10 meses depois da compra ; a maioria com arquivos confidenciais e, pior, sem nenhum backup do conteúdo. Os discos rígidos também são fonte de perda de dados, caso não seja dado o devida atenção ao componente.
Os cuidados com a segurança começam na hora da instalação do sistema operacional. O Windows, a partir da versão 2000, passou a adotar o sistema de partição NTFS (1). O sistema oferece maior possibilidade de recuperação de dados e nível de segurança, pois em uma rede compartilhada pode permitir ou negar o acesso a determinada partição e até evitar que programas sejam gravados no disco rígido.
A internet oferece uma série de programas para proteger o acesso aos arquivos no disco rígido. Um deles é o TrueCrypt, software gratuito que oferece a possibilidade de criar um disco virtual protegido com senha ou bloquear o acesso a uma partição inteira e também a arquivos de pen drive. O software, desde o lançamento em 2008, já teve mais de 14 milhões de downloads.
Outra alternativa para evitar a perda de dados e proteger os arquivos é enviá-los para páginas de armazenamento do usuário. A Microsoft dá 25GB de espaço para o usuário enviar o que quiser no SkyDrive. Entre as facilidades estão o acesso a arquivos online de qualquer lugar, a possibilidade de protegê-los por senha e a facilidade de, assim como no computador, arrastar os arquivos para pastas online. Para utilizar, basta ter cadastro no Hotmail.
Os HD externos também surgem como opção para fazer o backup de arquivos. A mobilidade é o ponto principal para a escolha do dispositivo para carregar arquivos. ;Não há outra solução que não seja fazer cópia dos arquivos em outro HD para evitar a perda de dados. Há programas que fazem automaticamente a cópia para um disco externo;, diz Miranda.
1 - Qual tipo de partição escolher?
O New Technology File System (NTFS) passou a ser adotado a partir do Windows 2000. É o preferido pelos técnicos em computação, pois, além da segurança, permite um nível de armazenamento de até 2TB em um único disco. Já o File Allocation Table (FAT) é um sistema mais simples que deixou de ser utilizado em HDs internos pela pouca capacidade que proporciona. Atualmente, alguns pendrives e HDs externos usam esse tipo de partição. Entre as desvantagens está a falta de segurança ; não há como proteger os arquivos de serem apagados ou substituídos sem utilizar softwares.
; Acesse
TrueCrypt
SkyDrive
; Glossário
Conheça alguns termos utilizados quando o assunto é HDD.
SATA
O Serial Advanced Technology Attachment é o padrão de discos rígidos adotado hoje. Diferentemente dos HDs anteriores, com o SATA a transmissão dos dados é feita em série, o que melhora o desempenho do disco.
SATA II
A diferença básica para o SATA é a velocidade de transferência de dados, 3Gbps.
SSD
O Solid State Drive é o tipo de memória usada geralmente em novos pendrives. Com o avanço da tecnologia, o SSD começou a ser utilizado também em notebooks.
RPM
É a quantidade de rotações por minuto que o motor gira o disco. Quanto maior for a velocidade, mais informações passam pelo disco. Rotações baixas economizam energia e fazem menos barulho.
Buffer de disco (Cache de disco)
Funciona como uma espécie de memória de onde o HD acessa os dados de forma mais rápida. Quanto maior o buffer, mais rápido será o acesso aos dados do que aos discos do HD.