postado em 09/11/2010 08:00
São Paulo - Os tablets são, de fato, a bola da vez da indústria de eletrônicos - e isso ficou claro na Futurecom, feira realizada há duas semanas na capital paulista. Do mesmo jeito que o iPod e o iTunes conceberam um novo conceito de baixar e ouvir músicas em MP3 e o iPhone inventou um novo modelo de smartphone em conjunto com a loja de aplicativos App Store, o iPad passou a definir os rumos da interação com os tablets. Fabricantes de equipamentos de tecnologia seguem os passos da Apple, sonhando em obter, pelo menos, parte do sucesso que a empresa de Steve Jobs goza no mercado.A principal atração da chinesa ZTE foi o tablet V9, que, de acordo com a empresa, apresenta outra dimensão para acesso à internet e uma diversidade de aplicativos de entretenimento e negócios e navegação rápida. Tem tela touchscreen TFT de sete polegadas e apenas 403 gramas de peso. O equipamento tem ainda sistema de chamada de voz e acesso à internet por meio da rede 3G (HSUPA), que representa velocidade de download de até 7,2MBps e de upload de até 5,76MBps.
A capacidade de armazenamento é de 4GB micro SD, expansível até 32GB, 512MB de memória RAM e roda com Android 2.2, a versão mais atualizada do sistema operacional da Google. Trata-se ainda de um interessante dispositivo de entretenimento, uma vez que sua tela com G-sensor suporta multimídia e jogos diversos. E sua capacidade de navegação por GPS pode ser usada como guia na estrada. Outras características de destaque incluem Wi-Fi, câmera padrão de 3MP, câmera frontal para videoconferência, leitor de música e vídeo com suporte MP4, compatibilidade de formatos de imagem padrão e Bluetooth. Segundo a ZTE, o tablet chega ao mercado brasileiro antes do fim do ano, mas não divulga preço. Apenas afirma que será bem mais barato do que o iPad.
Mais Android
Outros modelos de tablets da Samsung, Huawei e Dell, com Android, também foram exibidos, com tamanhos de telas variando de cinco a sete polegadas e equipados com recursos não encontrados no iPad ou em outros equipamentos do gênero. A Samsung não participou da feira com estande próprio, da mesma forma que seus principais rivais de mercado, como LG, Motorola, Sony Ericsson e Nokia. Mas mostrou o tablet no espaço da Vivo, que, segundo representantes da operadora, deverá comercializá-lo já este mês (ainda sem preço definido).
O aparelho tem tela de sete polegadas de alta resolução (1.024 x 768 pixels), câmera de 3MP com flash, câmera secundária para videochamadas e 16GB de memória interna. Roda também a última versão do Android, a 2.2, no mesmo processador de 1GHz adotado pelo smartphone Samsung Galaxy S, lançado este ano pela empresa.
Alô, tablets
A grande diferença entre o tablet da Samsung e o iPad é que o Galaxy Tab pode fazer chamadas, funcionando como um celular. Ou seja, carregando também esse recurso, ele ganha ainda mais pontos com a Google, já que torna-se mais um equipamento a ter acesso ao Android Market e seus quase milhares de aplicativos disponíveis (o V9, da ZTE, também faz ligações como um celular).
Também no estande da Vivo outro tablet em exposição foi o Dell Streak. Bem mais portátil que o modelo da Samsung, o equipamento oferece tela de cinco polegadas. Comparando, lado a lado com o Galaxy Tab, parece um pequeno netbook diante de um daqueles modelos robustos de notebook. Ele apresenta câmera com resolução de 5MP (com flash e autofoco) e é também capaz de fazer chamadas e acessar a loja Android.
A Dell, segundo seus representantes no estande, procurou personalizar a interface do sistema operacional da Google. Assim, o resultado ficou mais parecido com um ambiente típico de um PC do que com a interface dos smartphones. Nem Dell nem Vivo adiantaram qualquer informação relativa à data em que o produto estará disponível ou a preço.
Já a também chinesa Huawei, em seu grande e bem montado estande, destacou o tablet S7, equipado com processador Snapdragon de 768MHz. O aparelho, como o modelo Dell, tem interface personalizada e adota o sistema operacional Android 2.1. Tem tela de sete polegadas widescreem, uma câmera de 3,2MP e outra frontal para videochamadas e também aceita chip de celular para fazer ligações. Interessante é que o produto apresenta um suporte retrátil na parte de trás, que serve para apoiar o aparelho numa superfície como um porta-retratos. Marcelo Najundel, gerente de Marketing de Terminais da Huawei, informou que o tablet chega às prateleiras nacionais em janeiro, sem, contudo, adiantar preço.