postado em 07/12/2010 08:00
Campos do Jordão (SP) ; O computador está se tornando pessoal. As pessoas não querem mais compartilhar os desktops que tomaram e ainda vêm tomando conta das salas de estar e escritórios. Com a chegada dos netbooks, que baratearam o acesso aos portáteis, a tendência é de que cada um tenha seu próprio PC.Só no Brasil, que caminha para ser o terceiro maior mercado do mundo ; hoje é o quinto ;, o crescimento em vendas de computadores deve ser de 26% até o fim de 2010, segundo estimativas da fabricante de processadores Intel, apresentadas em evento para jornalistas. Mesmo esses números sendo bem mais otimistas que outras pesquisas de mercado, que preveem um aumento entre 15% e 16%, fica clara a tendência da popularização dos PCs nas casas e a presença de mais de um em cada lar.
O Distrito Federal, ainda segundo números da Intel, é o líder no país em relação ao uso pessoal dos computadores. O índice de individualização chega a 35,6%, o mais alto do país. Em seguida vêm Rio (25,9%) e Minas (25,7%). E a coexistência dos vários tipos de tecnologias parece estar garantida. ;Novas plataformas funcionam de forma complementar, e não substituta, do PC. Mas o computador ainda é a principal ferramenta do brasileiro;, conclui Cássio Tietê, diretor de marketing da Intel para o Brasil.
Entre os modelos para os consumidores chamarem de seu, além dos computadores, existem os tablets, os smartphones e até as televisões, que vão ganhando versões conectadas à internet. Mas a quantidade de dispositivos ligados à rede mundial de computadores pode gerar um apagão virtual.
A não ser que tecnologias que ainda não foram desenvolvidas aportem logo. Entre elas, uma forma de computação em nuvens mais inteligente, com as massas de informação padronizadas e capacitadas para conversar entre si. A ideia é que seja oferecida uma capacidade computacional que se adapte às necessidades do usuário enquanto ele a usa.
Se a necessidade é menor, enquanto se usam ferramentas leves, por exemplo, os servidores oferecem menos capacidade. Mas quando as aplicações ficam mais robustas, com exibição de imagens em 3D, a disponibilidade aumentaria automaticamente, sem a necessidade de um pedido à empresa que presta o serviço.
De olho nessa necessidade, o investimento em computação em nuvens públicas, feitas para atender clientes diversos, deve dobrar em cinco anos, chegando a US$ 68 bilhões em 2014. ;A computação em nuvem está mudando radicalmente a maneira como as empresas gerenciam sua infraestrutura;, destacou, em comunicado à imprensa, Lydia Leong, vice-presidente de pesquisa do Gartner.