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Sequência da aventura jedi peca na monotonia e na repetição

postado em 07/12/2010 08:00

Guerra nas estrelas não precisa de introduções para quem é minimamente familiarizado com o cinema, mas seu universo vai muito além das duas trilogias de ficção científica que chegaram às telonas. Da gama de produtos derivados das obras do cinema, o game Star Wars: The Force Unleashed foi bem recebido entre crítica e fãs em 2008, por sua boa história, ação empolgante e a possibilidade de explorar os belíssimos planetas exóticos dos filmes. A aventura deu tão certo que gerou uma sequência, lançada no fim de outubro.

Mas Star Wars: The Force Unleashed II falha no objetivo de repetir esse sucesso. Quem vê os primeiros 30 minutos pode até se enganar: a sequência de abertura, com o protagonista do jogo anterior, Starkiller ; morto e clonado por seu mestre, o vilão Darth Vader ; escapando da prisão do Império, em uma ótima sequência de cenas de corte e tutorial.
Star Wars: the  Force Unleashed II  Produção e desenvolvimento: LucasArts Disponível para Xbox 360, PlayStation 3, PC, Wii, Nintendo DS, PSP e PC Número de jogadores:  1 (single-player), 2 (multiplayer, apenas na versão para Wii)   Preço:  R$ 229,90
Caçado por Vader, o aprendiz de jedi tenta redescobrir a própria identidade e encontrar sua amada, Juno Eclipse, presente também no jogo anterior. A partir daí, Force Unleashed II só alcança seu antecessor em apenas um quesito: os gráficos. O game se resume a bater, bater e bater nos stormtroopers (aqueles soldados de roupa branca dos filmes), com um monstro ou um robô quebrando de forma mínima o rol de inimigos.

Suas habilidades são praticamente as mesmas do primeiro jogo, que tinha um sistema de combate interessante. Como Starkiller alcançou o topo de seus poderes na aventura anterior, os inimigos são a menor das dificuldades. Por um lado, o game faz você se sentir um jedi imbatível, mas elimina a preocupação em desenvolver o seu personagem, apesar de ainda haver o sistema de experiência para dar mais força aos seus já poderosos golpes.

O enredo, tão bem amarrado no primeiro game, decai a um emaranhado de cenas de corte, explicações de alguns personagens e uma participação frustrante do mestre Yoda, alardeada antes do lançamento do jogo. Nem a história se salva da monotonia que permeia todos os aspectos desta nova aventura.

Aventura essa que, aliás, é muito curta, até mesmo para o padrão dos games de ação. Na dificuldade normal, Force Unleashed II pode ser terminado em uma tarde, ou se você estiver realmente empolgado com o game a ponto de querer ver seus dois finais, um dia. A rapidez com que a história começa e termina só aumenta a sensação de que esta é uma tentativa barata de conquistar quem gostou do título original.

Diante de tantos pontos negativos, é até difícil apontar qual o pior defeito do jogo: a minúscula lista dos seus oponentes (e, como quase sempre você está em combate, a falta de variedade na jogabilidade em geral), a falta de inovação desta sequência para o game original ou sua curta duração ; que, em um game cheio de problemas, chega até a ser algo bom. Em resumo, Force Unleashed II é daqueles jogos que só guarda boas lembranças para os fãs mais ávidos.

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