Tecnologia

Com melhor desempenho, IE 9 é a aposta da Microsoft contra a concorrência

postado em 15/03/2011 11:18

Depois de perder terreno para o Mozzila Firefox e para o Google Chrome, a Microsoft reage e tenta retomar a supremacia do Internet Explorer no segmento de navegadores. Os últimos números da empresa de consultoria NetMarketShare mostram uma ligeira vantagem do browser. No mês passado, o IE ainda liderava, com 56,77% da preferência, seguido pelo Firefox (21,74%) e pelo Chrome (10,93%). Em 2010, a empresa chegou a ficar abaixo dos 50% de participação. Para não correr novamente o risco de cair, a Microsoft investiu em um navegador baseado em três pilares: agilidade, simplicidade e segurança. O Internet Explorer 9 chega à versão final.

Os dois primeiros quesitos foram pensados claramente para enfrentar a concorrência. A maior parte dos usuários do IE reclamava da demora para abrir o navegador, como também para abrir as páginas da web. Essa falha da Microsoft foi amplamente explorada pelos adversários, como o Chrome, que lançou anúncios demonstrando a rapidez do navegador. A falta de simplicidade e a confusão ao utilizar o Internet Explorer também eram constantes. Muitas abas, ícones e barras de ferramentas complicavam o visual e deixavam tudo mais lento. Vantagem novamente para o Chrome e também para o Firefox.

O IE 9 deve apagar essa má impressão. Quanto à agilidade, o novo browser promete tirar vantagem da capacidade de processamento dos PCs e melhorar a performance de navegação. Ele é o único com completa aceleração por hardware. Dessa forma, cerca de 90% da capacidade dos computadores que não eram utilizados por outros browsers passam a contribuir com o IE 9. Além disso, a Microsoft implantou um amplo suporte para HTML5, Scalable Vector Graphics (SVG), Cascading Style Sheets Level 3 (CSS3) e DOM, que ajudam os desenvolvedores a programarem, sabendo que o código criado funcionará em todos os navegadores.

Simplicidade e leveza também aparecem no navegador. De acordo com a Microsoft, o Internet Explorer 9 está focado na experiência de navegação. Durante o processo de mudança, a empresa de Bill Gates formulou um software que seria ;site-cêntrico;, no qual o que importa é relação entre o usuário da rede e as páginas da internet. O browser passa a ser apenas mais um elemento na navegação.

Segurança
Com pouco mais de 30 vulnerabilidades descobertas no navegador da Microsoft em 2010, a segurança foi outro ponto explorado na última versão. Estudos realizados pela empresa mostraram que o IE9 bloqueia 99% dos malwares ; cinco vezes mais que o Firefox e 33 vezes mais que o Chrome. A adição de recursos de segurança pretendem retomar a confiança do usuário no ambiente on-line.

Entre eles está a proteção anti-rastreamento, que permite configurar um limite para troca de informações entre o browser e o website. Ainda é possível criar uma lista de sítios confiáveis para manter a privacidade dos dados. E continuar a utilizar o navegador mesmo que uma das abas abertas apresente problemas.

O sistema isola a aba problemática e permanece funcionando, assim, evita que o usuário tenha que apertar o famoso Ctrl Alt Del para finalizar a tarefa e perder todas as informações. Para os sites que ainda não se adaptaram ao novo Internet Explorer, a empresa continua oferecendo a opção de visualização compatível.

As políticas de suporte de grupo, indicadas para profissionais de tecnologia da informação, permitem configurar mais 1,5 mil funções para permitir ou bloquear privilégios, como acesso a sites e download de programas. A versão final do Internet Explorer 9 está disponível em: .

; Fim (definitivo) ao IE 6
Desde o ano passado, a Microsoft não dá mais suporte ao navegador Internet Explorer 6. Um velório, de brincadeira, feita por uma agência de publicidade norte-americana, selou o fim do browser. No entanto, parece que não foi definitivo. Mais de 12% da população mundial ainda utiliza o IE 6 para navegar. Para tentar acabar para sempre com ele, a Microsoft lançou um site com vantagens da atualização do sistema. Na página, há um gráfico que mostra onde o browser ainda é utilizado. A China lidera, com 34,5% de uso.

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