Tecnologia

Game feito para plataformas móveis tem mais ação e menos história

postado em 22/03/2011 07:00

A Segunda Guerra Mundial já foi motivo de inspiração para grandes jogos dos consoles tradicionais. Desde o surgimento dos tablets e dos smartphones, esse fato histórico também passou a ser explorado pelas desenvolvedoras de games para essas plataformas. Brothers in arms 2 não fica de fora e integra a lista, que inclui ainda Forces of war e Call of duty: Zombies HD. O diferencial desse jogo de tiro em primeira pessoa é que a história da batalha entre as forças do Eixo e os Aliados é deixada de lado e o jogador é convidado a partir para a ação. Logo no início, após o sargento Neissman ; que conduz a maior parte do enredo ; libertar o soldado David das mãos dos japoneses e conduzir a um pequeno tutorial, os conflitos começam. A partir daí são tiros e explosões para todos os lados.

No modo Story, o jogador deve completar as cinco missões do game: Pacífico, Normandia, norte da África, Alemanha e Sicília. Em cada uma delas o cenário é dominado por inimigos dos norte-americanos durante guerra. Por exemplo, no Pacífico é possível batalhar apenas com japoneses e coreanos. No modo multiplayer, a situação é diferente. É possível convidar até cinco amigos ; o convite pode ser feito pelo Bluetooth, pela rede Wi-fi ou entre aqueles que estão jogando on-line ; e escolher o exército que se quer representar. O sobrevivente ganha o jogo. Os níveis de dificuldade (fácil, médio e difícil) ajudam a trazer mais emoção para o game, mas o jogador vai sentir pouca diferença, já que os inimigos ganham apenas mais precisão nos disparos.

Brothers in arms 2 conta com um belo arsenal, incluindo pistolas, metralhadoras, bazucas, rifles e atiradores de chamas. Granadas estão espalhadas em caixas por todo o cenário e são facilmente identificadas. Para lançá-las, basta mirar e apertar o botão correspondente. Ainda é possível, em algumas missões, dirigir veículos de guerra, como tanques e carros com tração 4x4. Pelo ar, o jogador chega de paraquedas em determinado ponto do jogo. Todos esses atributos ajudam a tornar o game mais real e mostrar que é possível fazer um bom trabalho mesmo em plataformas com menor poder de processamento.

Apesar das recentes melhorias nos hardwares dos dispositivos móveis, ainda não dá para exigir gráficos com qualidade equivalente aos de um console. Os detalhes dos cenários impressionam, mas o game ainda peca no visual do rosto dos soldados. Em algumas situações, aparecem pixelados e desfocados. No entanto, ao comparar com o primeiro Brothers in arms, o salto na qualidade gráfica foi considerável. O 3D ficou mais real, fazendo com que as ações do jogo se tornem mais envolventes.

O capricho da Gameloft, produtora e desenvolvedora do jogo, com relação ao som, merece aplausos. Os barulhos dos aviões, os ruídos ao andar na mata e, principalmente, o áudio dos disparos com as armas de fogo fizeram o jogo ganhar pontos. A música de fundo também faz com que o jogador entre no clima. Esse quesito só não é melhor por causa dos alto-falantes nada potentes dos smartphones e tablets que rodam o game.

Problemas
A jogabilidade é o principal defeito de Brothers in arms 2 e o método de controle dos personagens agrava esse fator. Se o jogo for instalado em um iPad, por exemplo, guiar o soldado, fazer com que ele olhe para os lados, agachar, atirar, pular e lançar granadas, serão comandos difíceis de acionar, pois estão distantes ou exigem que o jogador movimente muito as mãos pela tela. Se o game estiver em um iPhone, os controles estarão mais próximos, mas, dessa vez, por conta do display menor, o campo de visão fica reduzido.

Utilizar a mira das armas também é desafiador por conta dos controles. Quando se está de posse do rifle de precisão, a situação é ainda pior. Para amenizar a falha, é possível ativar no menu opções a mira automática, o que facilita, inclusive, para dar os famosos headshots. Canhotos também podem configurar a mudança de lado do joystick no menu. Para os mais sensíveis, há a possibilidade de desativar os efeitos de sangue.

Ainda no campo da jogabilidade, apesar de um pouco melhor, a interação entre os personagens ainda é motivo de reclamação. Não há como pedir ajuda durante a partida para algum outro soldado ou é impossível trocar munições e armamentos. Esse problema também por gerar erros durante o jogo. Em uma das primeiras fases, quando se desobedece os comandos do sargento Neissman, o cenário fica vazio e nenhuma ação acontece até que o game seja reiniciado.

Confira o vídeo de abertura do game Brothers in arms 2 da Gameloft:




PROMOÇÕES NO FACEBOOK

; A Gameloft tem aproveitado o sucesso da página da empresa no Facebook para fazer promoções aos usuários. Diversos jogos para iOS e Android tiveram uma redução de preço e passaram de US$ 4,99 para US$ 0,99. A empresa lançou o desafio para diminuir o valor cobrado pelo game Dungeon Hunter. Bastava clicar no ;curtir; da rede social que contabilizava um voto. A cada 2 mil cliques o preço baixava em US$ 1. No fim da votação, o game passou a custar US$ 0,99.

Ficha técnica

Produção
Gameloft

Desenvolvimento
Gameloft

Plataforma
iOS (iPad), Android e Windows Phone 7

Número de jogadores
1 (single-player), 5 (multiplayer, on-line e local)

Preço
A partir de US$ 4,99 (depende da plataforma)

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