Tecnologia

Motorola Xoom

postado em 07/06/2011 07:48
O tablet que foi a cobaia do Android 3.0, o Honeycomb, teve um desempenho bom durante os testes e mostrou que o Google acertou a mão em alguns aspectos ao liberar um sistema operacional feito para tablets. Com uma tela de 10.1 polegadas e resolução de 1.280 x 800, deixa a qualidade das imagens ; tanto fotos como vídeos ; são excelentes. A resolução de 2MP da câmera dianteria e de 5MP com zoom digital e flash de LED contribuíram para que o aparelho ganhasse pontos nesse quesito.

Boa usabilidade e navegação intuitiva são dois pontos que merecem destaque no Xoom. Os atalhos para e-mail, navegação e os demais aplicativos são de fácil acesso e podem ser organizados da maneira que usuário preferir na tela do aparelho. Os widgets, como relógios, previsão do tempo e até a janela da caixa de entrada do correio eletrônico, facilitam ainda mais o acesso às informações dos programas sem precisar, necessariamente, abri-los. Tudo isso não seria possível sem o processador dual-core Tegra e 1GB de memória.

Os aplicativos do Google incrementam o Xoom. Gmail, YouTube, Google Talk e o Maps ; com versão 3D de mais de 100 cidades do mundo ; estão entre as opções. Basta configurar a conta e o usuário está habilitado para mexer em todos os programas.

A adoção do Android 3.0 trouxe para o Xoom uma melhora no sistema touchscreen e no multitarefas. Os modelos de tablets, como o ZTE V9, que têm versões do sistema operacional feitas para celulares, na maior parte das vezes, trazem uma tela ;insensível; ao toque. Claro, o Honeycomb ainda não chegou à perfeição. Mas, os gestos de pinçar e digitar no display agora podem ser feitos de modo mais macio e não como se estivesse datilografando em uma máquina de escrever. Em alguns casos, era preciso acionar o botão de voltar por ter tocado levemente em um comando.

Dois problemas incomodaram bastante. O mais grave são os constantes travamentos do tablet. Durante o teste, o sistema operacional parou de responder por três vezes e nem sempre havia programas pesados em ação. O segundo e não tão preocupante é o peso do aparelho. Enquanto outras empresas mostram que a tendência são tablets mais leves, o Xoom pesa 730g, 100g a mais que o iPad 2, por exemplo. Pode parecer pouco, mas para quem o carrega o dia inteiro em uma mochila, faz diferença.

Xoom 2 antes da hora
Por um erro durante a mudança de leiaute da página da Motorola no Estados Unidos, a empresa acabou revelando imagens do novo Xoom e também de aparelhos celulares (os modelos Slimline, Zaha e Tracy XL). A primeira impressão ao ver as imagens que estão circulando na internet é de que o tablet da Motorola ficou mais fino e com um design diferente. Ainda não há previsão para que o Xoom 2 chegue ao mercado.

BlackBerry PlayBook
Se os consumidores esperavam um concorrente à altura do iPad, a solução pode estar no Playbook da Blackberry. Com sete polegadas e resolução de 1.024 x 600, o tablet tem na alta definição da tela o poder de atrair o público que ainda está indeciso na hora da compra. No momento em que um vídeo HD começa a tocar, é possível as expressões de espanto no rosto daqueles que não conhecem o aparelho. A mesma sensação também é visível no momento em que é acionado o play no jogo Need for speed (que acompanha o aparelho). Todos querem pegar e dirigir os carros em alta velocidade, que, por conta da tela menor, fica mais de ser controlado.

Todas essas exclamações quanto à resolução do display não existiriam se não fosse pela a ajuda do processador de 1GHz dual-core aliado à memória de 1GB. Aliás, esses atributos também são importantes para um dos pontos mais enfatizados pela Rim, fabricante dos produtos BlackBerry: a navegação simples e fácil na internet. Apesar da tela menor, o aparelho tem suporte à tecnologia Adobe Flash e HTML5, que possibilita um acesso completo a qualquer site da web.

Assim como a Apple, a BlackBerry anunciou um sistema de conversa por vídeo para quem já tem o dispositivo. Por causa da resolução de 3MP da câmera frontal ; capaz de fazer filmes a 1.080p ; as imagens ficam perfeitas e é como se tivesse conversando frente a frente. A câmera traseira é perfeita para substituir a máquina fotográfica e conta com 5MP de resolução.

O sistema multitouch também funciona muito bem, mas é preciso um tempo para se acostumar. Tudo é controlado pelos gestos, pois não há um botão como no iPad para voltar à tela inicial. Portanto, para fechar um aplicativo, é só deslizar o dedo de cima para baixo, a partir da borda preta. Para usar o sistema multitarefas, basta passar o indicador da direita para esquerda sempre tocando na lateral. As configurações dos aplicativos e outras funções que, por ventura, eles possam ter são facilmente acessadas ao tocar e deslizar o dedo de cima para baixo.

Os principais problemas com o PlayBook estão na falta de um serviço de e-mail, calendário e contatos. Pela pressa em lançar o produto no mercado, a BlackBerry decidiu que essas funções seriam acessadas por meio de uma ponte com um aparelho da marca. Além disso, a loja de aplicativos ainda não conta com muitas opções para o tablet. Para essas duas questões, a Rim já pretende disponibilizar soluções no segundo semestre. Para o primeiro, uma atualização no sistema operacional incluirá os softwares faltantes. Para o segundo, além de incentivar a produção, os aplicativos que rodam no Android poderão ser utilizados no PlayBook. O modelo testado tinha apenas conexão wi-fi, o que desfavorece no quesito mobilidade, mas já há versões para rede 4G nos Estados Unidos. No entanto, o maior problema do tablet é que não há data certa para chegada no Brasil.

Problemas no sistema
A Rim fez um recall de mil unidades do PlayBook por estarem com problemas no sistema operacional do aparelho. A falha impossibilitava os usuários de realizarem a configuração inicial do aparelho. O lote com defeito não chegou a ser vendido e foi recolhido das lojas nos EUA.

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