Tecnologia

Mercado aposta em soluções na área de educação e segurança pública

Enviado Especial
postado em 23/08/2011 16:59
Na Coreia, os tablets da Samsung são usados também na educação

São Paulo ;
O que é mais importante para você: ter um celular, uma escova de dentes ou os dois? Talvez, a última opção seja a ideal, no entanto, dados divulgados durante o Q Partner Forum, realizado pela empresa de tecnologia móvel Qualcomm, apontam que 5 bilhões de pessoas têm um aparelho celular, enquanto apenas 1,3 bilhão possui escova de dentes. De acordo com a consultoria Gartner foram vendidos 427,8 milhões de smartphones no primeiro trimestre deste ano no mundo. No Brasil, até o fim do ano, a venda deve ultrapassar a barreira dos 62 milhões de dispositivos. Os tablets também não ficam para trás e 400 mil serão comercializados no Brasil em 2011, segundo o IDC.

De olho nesses números, as fabricantes investem em novos aparelhos e soluções para levar mobilidade a todos os públicos. No mundo corporativo, aSamsung apresentou estratégias para o uso do tablet nesse setor. Na área de educação, por exemplo, o Galaxy Tab ganhou um aplicativo para que os pais se comuniquem on-line com os professores ; por meio da câmera de vídeo frontal ; e saibam como está o desempenho dos filhos na escola. Além disso, é possível receber o boletim com as notas no tablet e acompanhar o comportamento do aluno. O projeto já está em andamento na Coreia.

Na área de segurança pública, a Samsung mostrou um aplicação que emite multas de trânsito sem que o policial tenha que anotar todos os dados em um papel e colocá-lo no para-brisas do carro. Basta apontar a câmera traseira do dispositivo para a placa do automóvel e fotografá-la. Todas as informações do condutor, aparecerão na prancheta. Após a foto, o policial imprime a multa, por meio de uma impressora portátil e sem fio.

Conexão
;Já se foi o tempo em que celular era só para falar. Nos Estados Unidos, 40% dos compradores olham primeiro quais aplicativos os smartphones podem rodar antes da compra;, afirmou Celso Winik, diretor de mobilidade da Microsoft. E para ir além da conversa, o ponto-chave será as conexões 3G e as 4G (ou LTE), que devem desembarcar ainda este ano no Brasil.

De acordo com Miles Kirby, diretor sênior de desenvolvimento de negócios da Qualcomm, no ano que vem, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estarão conectadas pelo 3G. E em 2015, a previsão é que o número seja duas vezes maior, chegando a 2,2 bilhões de pessoas. Nesse meio tempo, será o prazo para as redes de alta velocidade, o 4G, se desenvolver e conquistar adeptos. ;Há quatro componentes chaves para essa transição: a otimização da redes e dos planos de dados, aparelhos mais atrativos e funcionais, maior oferta de conteúdo e um relacionamento com consumidor;, explicou Kirby.

O último ponto, que envolve clientes das operadoras, deve ser o mais complicado para empresas. ;Há muita preocupação dos usuários. Eles não entendem quanto devem gastar em um plano e como isso será gasto. É preciso desenvolver essa área. No caso do 4G, cabe mostrar ainda toda a experiência do aparelho, como games, câmeras e possibilidades de aplicativos, e diferenciar as duas redes para que ele tenha certeza do que está comprando;, ressalta Kirby.

Para Flávio Mansi, presidente da Qualcomm para a América Latina, a possibilidade de estar ligado o tempo todo por meio das conexões sem fio e com aparelhos cada vez mais modernos ; que podem mostrar em mapas locais perigosos e até compartilhar informações de saúde para o médico, os smartphones serão mais que simples objetos. ;No futuro, o telefone será seu sexto sentido;, afirma Mansi.

O jornalista viajou a convite da Qualcomm

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