postado em 27/09/2011 10:05
San Francisco (EUA) ; O consumidor acostumou-se a pensar, durante anos, que apenas duas coisas poderiam mantê-lo afastado dos malwares: um bom antivírus e, claro, discernimento suficiente para não clicar em todo link que prometia fotos inéditas de uma nova celebridade, por exemplo. No entanto, uma nova forma de proteção está prestes a chegar ao consumidor. E ela vai além do software: o fabricante de chip Intel e a empresa de segurança McAffe acabam uma nova tecnologia que combina o poder do hardware com o tradicional aplicativo antivírus, aumentando o poder na eterna briga com os cibercriminosos.
Batizada de Deepsafe, a solução usa características de hardware já presentes nos processadores Core i3, i5 e i7 da Intel para fornecer segurança além do sistema operacional. ;O recurso pode aplicar novas técnicas ; e não apenas para detectar infecções, mas para fornecer uma geração nova de proteção em tempo real, prevenindo atividades maliciosas. Dessa forma, podemos monitorar o comportamente de um malware, impedindo a sua ação;, diz Candace Worley, vice presidente da McAfee.
Segundo a empresa, a tecnologia fica abaixo do sistema operacional, fornecendo um ponto de vista que ajuda a mudar fundamentalmente o jogo da segurança. ;A proteção deve ir além do software, já que os cibercriminosos sabem muito bem como contornar a barreira baseada apenas em sistemas operacionais disponíveis atualmente;, comentou Worley.
A tecnologia também permite fazer frente aos riscos singulares decorrentes do aumento da mobilidade ; como roubo ou e perda de aparelhos. Isso porque a solução oferece recursos como bloqueio do dispositivo e limpeza de dados que podem ser acionados de forma remota pelo usuário, além da possibilidade de rastreamento do computador. Dessa forma, o consumidor que tiver o notebook roubado poderá acessar a internet e deletar informações valiosas de sua máquina, como extratos bancários, declarações fiscais, documentos e arquivos. Hoje, estima-se que 97% dos laptops roubados nunca são recuperados.
Parceria com o Google
A Intel aproveitou o IDF 2011, forum realizado pela Intel realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, para anunciar uma importante parceria com o gigante Google. O acordo visa unir forças para acelerar a entrada do fabricante de chips no cada vez mais promissor mercado de smartphones e tablets, dominado amplamente pela arquitetura concorrente denominada ARM ; tido como mais econômica energeticamente, o que é fundamental para prolongar o tempo de bateria dos dispositivos. Dessa forma, as novas versões do Android passarão a ser desenvolvidos também para chips Atom da Intel.
Segundo Andy Rubin, vice-presidente para a tecnologia móvel na Google, a união das duas empresas vai permitir alavancar todo o ecossistema do sistema operacional móvel. ;A combinação de smartphones Android com a estratégia de gestão de energia da Intel, vai permitir mais oportunidades para inovar e sobretudo mais escolhas para os fabricantes de dispositivos;, disse.
O jornalista viajou a convite da Intel
Thunderbolt também em PCs
Com a intenção de acelerar a adoção da conexão Thunderbolt no mercado de computadores, a Intel anunciou que a interface de comunicação estará presente também em máquinas que usam o sistema operacional Windows. Até então, a porta que permite transmitir dados com velocidades de até 10 Gbps, estava presente exclusivamente em modelos da Apple. Marcas como Acer e Asus já anunciaram que têm planos de lançar notebooks com esse tipo de conexão no início do próximo ano. A conexão Thunderbolt é visto como a principal alternativa (ou seria concorrente?) ao padrão USB 3.0, que permite transferências de até 4,6 Gbps.