postado em 22/11/2011 08:36
A facilidade de tirar fotos por meio do celular ou de uma câmera digital, e mandá-las quase que imediatamente para as redes sociais, os blogs e os sites, vem ganhando cada vez mais usuários no universo on-line. Em apenas 100 dias, o Google%2b (plataforma social do Google) recebeu mais de 3,5 bilhões de fotos dos usuários. O veterano Facebook, outras 250 milhões de imagens por dia ; estabeleceu um recorde no fim de outubro, quando foram enviadas 1,2 bilhão de fotos relacionadas, principalmente, ao dia das bruxas norte-americano. Os últimos dados divulgados pela consultoria comScore indicam ainda que houve um crescimento no acesso mundial de páginas relacionadas a fotos de pouco mais de 10 pontos percentuais em 2010, passando de 42,6%, registrados há dois anos, para 52,7%.A fotógrafa Rita Kessler, 37 anos, também é responsável por parte desses números. A profissional largou a carreira de professora de inglês e hoje é retratista especializada em capturar imagens de recém-nascidos, crianças e famílias. Rita atribui o interesse por fotografia à visualização de fotos pela rede que despertaram a vontade de aprender a arte. E é na web que a ex-professora divulga o próprio trabalho. ;O Facebook me auxilia muito, porque coloco as fotos e marco as pessoas. Os amigos delas veem e me procuram. Consegui vários clientes dessa maneira. Também uso o Flickr e tenho um blog. São ótimas ferramentas de trabalho;, analisa. O método de divulgação tem dado resultado. Rita conta que vai regularmente ao Rio de Janeiro para atender clientes que moram lá.
Além das redes sociais, existem páginas, como Instagram e Flickr, que contam com 150 milhões e 6 bilhões de fotos, respectivamente. Os dois têm aplicativos específicos para smartphones, os quais operam como um espaço social de divulgação de fotos na web. ;O uso das redes sociais pode ser um instrumento de publicidade gratuita;, defende a fotógrafa Joice Karlatopoulos, 28 anos, coordenadora de escola técnica voltada ao ensino de fotografia em Brasília. ;Do ponto de vista do profissional, é ótimo. Principalmente porque funciona como uma vitrine participativa, em que é possível saber a opinião das pessoas a respeito do seu trabalho;, explica. Ela reforça que os mecanismos de interação on-line também são positivos para os fotógrafos amadores aprimorarem fotos e entrarem para o mercado.
Exposição é o ponto de partida para desenvolver a curiosidade. Mas é a interatividade que possibilita a troca de informações ; como dicas, críticas e comentários ;, e incentiva o empenho no desenvolvimento de habilidades. ;Existem pessoas que dão aulas sobre técnicas fotográficas pelo YouTube ou pelo Skype;, ressalta Rita.
Nesse mundo de imagens, houve também um aumento na busca pela qualidade e pelo conhecimento de técnicas, principalmente no que diz respeito à edição de fotos, aos filtros de luz e aos efeitos especiais. Entre os programas de edição mais requisitados estão o Photoshop, o Photofiltre e o Photo-brush. Para celular, existem aplicativos como Photoshop Express e Camera360, que dão conta do recado (veja mais na página 3).
Cuidados
Um dos riscos de utilizar redes sociais e blogs como plataforma de divulgação é que há a vinculação da vida pessoal à profissional. Com isso, ocorre uma diminuição da privacidade do usuário das ferramentas on-line. ;No início, me incomodava com a exposição excessiva. Mas percebi que não atrapalha, ajuda. Só tenho cuidado com o que posto sobre a minha vida;, declara Rita. Existe a opção de usar páginas separadas para os diferentes aspectos de atuação.
Apesar de a internet ser considerada por muitos como instrumento de trabalho, é preciso estar atento para não utilizá-la de forma ilegal. Para Alexandre de Calais, 42 anos, advogado do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de São Paulo (Siese-SP) e professor universitário de Processo Civil, é preciso ter cuidado com o que se publica na web. ;Quando há a exposição da imagem de uma pessoa sem autorização, dependendo da maneira e da intenção, pode gerar um processo civil ou criminal;, explica.
Ele esclarece que, via de regra, as indenizações por danos morais gravitam em torno de cinco salários mínimos. ;A internet é uma ferramenta relativamente nova, mas está enquadrada dentro da legislação. Deve haver cuidado ao utilizá-la;, defende.
Mostre o seu trabalho
Kawek (http://www.kawek.com.br/)
; A plataforma permite cadastrar até 30 álbuns com até 20 imagens, arquivos em Flash ou vídeos. Todo o leiaute pode ser personalizado. Gratuito.
CarbonMade (http://carbonmade.com/)
; Com mais de 410 mil portfólios cadastrados e quase 6,3 mil imagens, não é preciso conhecimento de linguagem para começar a usar. Basta enviar as fotos e escolher o modelo. Gratuito.
Zuinn (http://zuinn.com.br/)
; O site oferece integração com o Flickr, portanto, todas as fotos que caírem na página de fotos vão parar no portfólio on-line. O único problema é que o website é feito em Flash e pode não funcionar em alguns smartphones. Gratuito.
Wixx.com (http://pt.wix.com)
; A página dá a opção de fazer apenas um portfólio ou um site completo. Se já tem domínio na internet, basta conectá-lo ao Wixx. Gratuito.
Figdig (http://figdig.com/)
; Criado para ser mais que um simples sistema de portfólios, o site tem a missão de unir a comunidade de ilustradores, designers e fotógrafos. A vantagem é enviar fotos em alta definição. Gratuito.
Design Related (http://www.designrelated.com/)
; Com centenas de modelos à disposição para montar o porftólio, a plataforma permite ainda a integração com as principais redes sociais. Gratuito.
Edição de fotos
Photoshop Express (Android e iPhone)
; É o editor de imagens mais conhecido do mundo. O aplicativo é gratuito e oferece opções de ajustes como recortar, alterar exposição, saturação, cor e contraste, além de dispor de efeitos especiais
Instagram (iPhone)
; Funciona como uma rede social de fotografia. Permite tirar fotos, editá-las e compartilhá-las.
É sincronizado com o Facebook e o Twitter
Photovine (iPhone)
; Está em fase de teste. Criado pelo Google para concorrer com o Instagram, funciona como uma rede social de fotografias. Permite tirar a foto, editá-la e compartilhá-la
Pano (iPhone)
; Oferece função de foto panorâmica. À venda na App Store por US$ 1,99
Hipstamatic (iPhone)
; Aplicativo de estilo retrô. Oferece 10 opções de lentes de câmeras antigas. À venda na App Store por US$ 1,99
Câmera %2b (iPhone)
; Oferece flash amplificado, estabilizador, timer, e tira fotos em sequência, além de oferecer opções de ajustes e efeitos. À venda na App Store por US$ 0,99
Microsoft PhotoSynth (iPhone)
; Permite criar imagens panorâmicas de 360 graus
Gorillacam (iPhone)
; O aplicativo oferece recursos como enquadramento de zoom, anti-shake (anti-tremidas), fotos em sequência e temporizador
Picture Effect Magic
; Mesmo na versão gratuita, conta com dezenas de efeitos gráficos. Possui integração com Facebook e Flickr
Camera360 (Android)
; Gratuito, utiliza ;modos; de fotos de acordo com o local, a luminosidade e a maneira que se fotografa, o que aumenta a qualidade da imagem. É o mais famoso aplicativo de fotos do Android Market
Vignette (Android)
; Otimiza o flash e o zoom, traz opção de timer, fotos em sequência e conta com mais de 80 efeitos e 50 tipos de borda. Custa R$ 7, no Android Market
PhotoFunia (Android)
; Oferece diversas opções de montagem, como estampar o rosto em outdoors e obras de arte, e 133 efeitos curiosos.
Photaf 3D Panorama Free (Android)
; Permite geração de imagens panorâmicas 360 graus. O dispositivo está entre os mais baixados do Android Market. Também disponível na versão paga, na qual oferece recursos em HD
Photo illusion (Android)
; O aplicativo oferece edição avançada, com efeitos de recorte e redimensionamento, além de dispor de filtros e permitir compartilhamento on-line
Little Photo (Android)
; Oferece mais de 70 estilos para retocar fotos, além de corrigir detalhes, inserir brilho e contraste, mudar a cor e envelhecê-la. O aplicativo é gratuito