Tecnologia

Hollywood pede que sites piratas no exterior acatem lei dos EUA

Agência France-Presse
postado em 20/01/2012 20:15
LOS ANGELES - A indústria do espetáculo de Hollywood manifestou que promove a lei antipirataria na internet, cuja votação no Congresso foi adiada nesta sexta-feira, para que os sites ilegais do exterior "não escapem das mesmas leis" que são aplicadas nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, o Senado adiou uma votação prevista para a próxima semana sobre uma lei antipirataria na internet, devido a numerosos protestos contra esse projeto, repudiado pelo Vale do Silício e apoiado por Hollywood.

"Lutamos por esta legislação porque os negócios ilegais de internet, que estão instalados no exterior expressamente para evitar as leis americanas, não deveriam escapar das mesmas regras que atualmente se aplicam aos sites ilegais dentro dos Estados Unidos", informou um comunicado conjunto de vários setores da indústria de Hollywood.

"Reconhecemos que estamos formando parte de um debate completo e importante sobre o futuro", acrescentou o texto, assinado pela Federação de Músicos, a Federação de Rádio e Televisão, o Sindicato de Diretores, o Sindicato de Atores e grupos de artistas e técnicos de espetáculos.

O apoio do Congresso americano aos projetos de lei - o Protect IP Act (PIPA) no Senado e o Stop Online Piracy Act (SOPA) na Câmara de Representantes- foi se erodindo devido aos protestos online que veem como um perigo para a liberdade de expressão na internet.

A versão em inglês da enciclopédia online gratuita Wikipedia esteve inacessível por 24 horas na quarta-feira e o site de buscas Google colocou uma tarja preta em seu logo em sua página na internet nos Estados Unidos como medidas de protesto contra a iniciativa, que consideram uma forma de censura.

"Esperamos que se possa implementar outro tom que não seja este, que transforma nosso apoio à lei em uma suposição de que promovemos a censura", destaca o texto, dizendo que o compromisso de Hollywood com a liberdade de expressão" está estabelecido há décadas (...), desde muito antes de a internet ser parte de nosso vocabulário".

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