Gláucia Chaves
postado em 29/02/2012 08:09
A violência de um acidente aéreo raramente deixa rastros que permitem explicá-lo. Após o desastre, a única alternativa para quem ficou em terra firme é revirar escombros da aeronave em busca da caixa-preta ; objeto que, apesar do nome, é pintado com tinta laranja vibrante, para facilitar a localização. O problema é que ter acesso aos arquivos não é uma tarefa simples: é preciso um laboratório especializado, equipado com computadores e softwares compatíveis com os diversos modelos espalhados pelo mercado. O Brasil consegue saber o que se passou nos últimos momentos de voos em que a caixa-preta foi preservada desde meados de 2006, mas foi só agora, em 2012, que o Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) recebeu e colocou para funcionar equipamentos capazes de fazer a leitura de aparelhos danificados e destroçados. Agora, é o Brasil quem dá uma força para os ;sem-laboratório; ; uma vez que o LabData é o único da América Latina capaz de ler gravações desse tipo.;Já fazemos leituras para Bolívia, Angola e Colômbia;, enumera Fernando Silva Alves de Camargo, gerente do LabData e especialista em segurança da aviação e aeronavegabilidade. Segundo o especialista, a previsão é de que os novos equipamentos cheguem até abril. Para cada modelo de gravador, é preciso um conjunto de equipamentos específicos, que custam de US$ 10 mil a US$ 30 mil. O próximo passo é investir na capacitação de pessoal para operar os aparelhos.
Leia a matéria completa na edição desta quarta-feira (29/02) do Correio Braziliense