Tecnologia

Tecnologia 3D avança para aparelhos móveis, mas consumo patina

Gláucia Chaves
postado em 14/03/2012 16:30

A tecnologia 3D rapidamente deixou de ser exclusividade do cinema. Das telonas, a realidade virtual mais real possível hoje já pode ser encontrada em dispositivos como smartphones, câmeras fotográficas, filmadoras e televisores. Embora entidades como a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) ainda não tenha números fechados a respeito do crescimento desse segmento, os principais fabricantes dos produtos garantem que não poderiam estar mais felizes ; pelo menos, é o que dizem as pesquisas de mercado. Entre os adeptos, a tevê é a grande estrela: de acordo com a empresa americana especializada em pesquisas de mercado para a tecnologia IHS Suppli, até 2015, metade das televisões vendidas serão 3D.

Até 2011, quando foi feito o levantamento, a venda mundial estava na casa dos 23,4 milhões de unidades. A tendência é de que a tecnologia se torne cada vez mais acessível ; com preços em queda acentuada. A tevê 3D só não faz mais sucesso ainda, além do preço alto, por conta da falta de praticidade. Antes de ver seu personagem preferido ;de perto;, quem decidiu experimentar a novidade depende da oferta de conteúdo em 3D ; ainda escassa ; e de acessórios específicos, como os óculos especiais. Ainda assim, o público parece querer experimentar. Segundo a LG, a venda dos televisores com tecnologia TV Cinema 3D precisou de apenas 15 dias para alcançar a marca do antigo modelo, o TV 3D ativa ; o que representaria um crescimento de 1.900%.

Experimento feito por Michael Dickery, cientista da Universidade Estadual da Carolina do Norte que desenvolveu uma técnica que usa luz para converter padrões 2D em objetos 3D

Três Perguntas para Michael Dickery, cientista da Universidade Estadual da Carolina do Norte que desenvolveu uma técnica que usa luz para converter padrões 2D em objetos 3D. Com o método, será possível criar objetos plásticos, como cubos, sem a intervenção humana

Como este processo é feito?


É muito simples. Começamos com folhas de polímero comercialmente disponíveis que tenham sido pré-esforçado. Estas folhas parecem transparentes, mas são na realidade "encolhidas por calor", ou seja, quando colocadas em um forno acima de 100;C, elas encolhem. Nós padronizamos essas folhas com tinta preta usando uma impressora à jato de tinta. Quando as expuzemos à luz, as regiões pretas ficam quentes e fazem com que o polímero debaixo da tinta a encolha. Este efeito faz com que as regiões padronizadas dobrem. As regiões sem a tinta deixam a luz passar.

Qual pode ser o uso para esse tipo de método?


Existe atualmente um grande interesse em dobrar e nós pensamos que há uma série de aplicações potenciais. Ele pode ser utilizado para a embalagem (embrulhar e desembrulhar objetos), para o transporte (para objetos que possam ser transportadas planas para, em seguida, serem dobrados), para a montagem de estruturas 3-D ópticas ou elétricas (uma vez que estas estruturas podem ser modelado em 2 - D e depois montadas), para atuação, para a implantação dos componentes de satélites (que se desenrolam no espaço) ou para dispositivos implantáveis %u200B%u200B(que se desdobram, uma vez dentro do corpo).

Ele só funciona com o plástico?

Nós acreditamos que poderíamos trabalhar com um tipo especial de metais (os chamados ligas com memória de forma), mas só tentamos com plásticos até o momento. A propriedade chave é que o material deve diminuir significativamente quando aquecido.

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