Roberta Machado
postado em 24/09/2012 08:05
A agulha é um dos atalhos favoritos da medicina. Em poucos segundos, o objeto permite que um remédio saia da ampola e caia direto na corrente sanguínea. Essa facilidade, porém, traz alguns problemas, como o risco de infecções e, claro, a dor da picada. Para dar um fim a essa agonia, uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) aperfeiçoou uma técnica estudada há anos e mostrou que o ultrassom pode ser a forma de aplicação de medicamentos do futuro. A técnica, garantem os pesquisadores, é segura, mais eficiente que o uso de comprimidos, e ; o melhor de tudo ; indolor.Já é sabido há algum tempo que ondas sonoras acima do limite da audição aumentam temporariamente a permeabilidade da pele. Assim, há algumas décadas, os cientistas tentam usar esse poder a favor da saúde. Com os estudos, descobriu-se que essa alteração cutânea acontece porque as ondas de baixa frequência submersas causam a implosão de pequenas bolhas que lançam jatos de líquido em direção ao tecido. E, como tudo ocorre em uma escala microscópica, as ranhuras criadas por esse fenômeno não são visíveis nem deixam cicatrizes aparentes ; mas grandes o suficiente para substâncias medicamentosas passarem.