postado em 01/10/2012 07:56
Um dos grandes desafios da medicina é desenvolver formas de atacar o problema dos pacientes de forma direta, aumentando a eficácia dos tratamentos. Nessa busca, a tecnologia tem sido uma aliada importante. A cada dia, surgem dispositivos menores e mais eficazes que possibilitam, por exemplo, levar remédios até uma parte específica do corpo ou combater micro-organismos específicos. Contudo, artefatos desse tipo nem sempre são amigáveis ao corpo, podendo causar, a longo prazo, infecções e inflamações em seus usuários, que muitas vezes já estão com a saúde debilitada.Para resolver essa questão, cientistas norte-americanos anunciaram na mais recente edição da revista Science o desenvolvimento do primeiro dispositivo eletrônico degradável, ou seja, que possui a capacidade de ser absorvido depois de cumprir sua missão dentro do corpo humano. A novidade abre muitas portas na área médica e em outros setores, como a gestão de resíduos, garantem seus criadores.
O invento ; produzido na Universidade de Illinois, em colaboração com a Universidade de Tufts e a Universidade Northwestern, todas nos Estados Unidos ; consiste em uma espécie de transistor, peça que serve de base para qualquer circuito eletrônico, feito de casulos de seda, folhas finas de silício poroso e eletrodos de magnésio. ;Para conseguir esse resultado, nós selecionamos materiais familiares ao corpo humano, como o magnésio. Nós não poderíamos usar um material com o qual o corpo não tenha experiência;, explica Yonggang Huang, da Universidade Northwestern.